O intenso clarão de energia ocorreu exatamente as 22h15 de domingo, 12 de maio e foi observado em imagens registradas pelo satélite de observação da dinâmica solar, SDO, da NASA e também por detectores de raios-x a bordo do satélite geoestacionário GOES-13.
Visto no seguimento de raios-x entre 1 e 8 Angstroms, o súbito clarão produziu um pico que atingiu a classe-X1.7, situado dentro da gama das maiores emissões de energia produzidas pelo Sol nesse comprimento de onda.
A poderosa emissão ocorreu no limbo da estrela, ejetando no espaço uma grande quantidade de massa coronal (CME) que não deverá atingir a Terra. No entanto, como a mancha solar que produziu o flare está no lado oposto do Sol, devido à rotação do Sol em breve estará presente no lado visível, apontada para o nosso planeta.
Nenhum planeta deverá receber a ejeção de partículas carregadas, mas os modelos de deslocamento mostram que os telescópios espaciais Spitzer e Stereo-A receberão o impacto direto das partículas nos próximos dias, sendo que o telescópio Spitzer será atingido pela porção mais densa das partículas.
Esta mesma mancha solar foi a responsável por diversos flares menos significativos de classe-M registrados durante a última semana.
A erupção solar deste domingo foi a mais intensa registrada até agora no ano de 2013. Antes dela, o mais intenso surto de energia atingiu a classe M-6.5. Em 2012, a mais intensa explosão atingiu a classe-X5.4.
Classificação
Quando observadas dentro do espectro de raios-x, entre 1 e 8 Angstroms, os flares produzem um intenso brilho ou clarão e sua intensidade que permite classificar o fenômeno.
Os flares de Classe X são intensos e durante os eventos de maior atividade podem provocar blackouts de radiopropagação que podem durar diversas horas ou até mesmo dias. Em casos extremos podem causar colapso em sistemas de distribuição de energia elétrica, panes em satélites, destruir transformadores e circuitos eletrônicos.
As rajadas da Classe M são de tamanho médio e também causam blackouts de radiocomunicação que afetam diretamente as regiões polares. Tempestades menores muitas vezes seguem as rajadas de classe M.
Por fim existem as rajadas de Classe C, fracas e pouco perceptíveis aqui na Terra.
Artes: No topo, imagem registrada pelo satélite SDO (Solar Dynamics Observatory) mostra a erupção solar ocorrida no limbo da estrela. A erupção provocou um flare de raios-x que atingiu a classe-X1.7, a mais intensa até maio de 2013. Na sequência, a emissão de raios-x como detectada pelo satélite geoestacionário GOES-13. Acima, vídeo mostra a erupção solar de 21 minutos de duração. Créditos: NASA/SDO, NOAA/SWPC, apolo11.com.
Artes: No topo, imagem registrada pelo satélite SDO (Solar Dynamics Observatory) mostra a erupção solar ocorrida no limbo da estrela. A erupção provocou um flare de raios-x que atingiu a classe-X1.7, a mais intensa até maio de 2013. Na sequência, a emissão de raios-x como detectada pelo satélite geoestacionário GOES-13. Acima, vídeo mostra a erupção solar de 21 minutos de duração. Créditos: NASA/SDO, NOAA/SWPC, apolo11.com.