segunda-feira, 28 de abril de 2014

AO VIVO: Eclipse Solar - 29 de abril de 2014

Dentro de algumas horas (madrugada do dia 28 para o dia 29 de abril) acontece o primeiro eclipse solar do ano, e você pode assistir a transmissão ao vivo deste eclipse aqui mesmo, uma cortesia do Projeto Slooh(link aqui).  A transmissão ao vivo do Eclipse Solar terá início no dia 29 de abril, às 03h00 pelo horário de Brasília (06h00 UTC). Não perca!

         Infelizmente, este Eclipse não será visível no Brasil, assim como na maior parte do mundo. O eclipse solar de abril de 2014 ganhou o apelido de eclipse pinguim, pois a melhor visibilidade desse eclipse será em uma região desabitada na Antártida, ou seja, quem poderá vislumbrar o melhor desse eclipse serão eles, os pinguins... e que sorte a deles!
 A cobertura ao vivo do eclipse será feita diretamente da Austrália, uma das poucas regiões do mundo que poderá apreciar o fenômeno. Por conta do fuso horário, a transmissão terá início na madrugada de segunda (28) pra terça (29), quando na Austrália será dia.
  A transmissão ao vivo terá comentários (em inglês) do anfitrião do Projeto Slooh, Geoff Fox, e do diretor do Observatório Paul Cox, além da participação de Lucie Green, da BBC, e pesquisadora solar no Laboratório de Ciência Espacial Mullard, do Departamento de Física Espacial e Clima da UCL. Internautas poderão participar e enviar perguntas (em inglês) usando a hashtag #Slooh . Conheça também o site oficial do Projeto Slooh.

Anunciada existência de objeto escuro e gigante a 7.2 anos-luz

Pesquisadores estadunidenses confirmaram que um objeto com cerca de 10 vezes o tamanho de Júpiter foi detectado nas vizinhanças do Sol. O corpo é extremamente gelado e não pode ser visto no comprimento da luz visível.
 
WISE J085510.83-071442.5
A descoberta do novo objeto foi feita com base
em imagens e dados dos telescópios espaciais Spitzer e WISE, da NASA, e anunciada por cientistas ligados ao Centro para Exoplanetas e Mundos Habitáveis da Universidade da Pensilvânia.

De acordo com Kevin Luhman, líder da equipe de descobridores, ao que tudo indica o novo objeto é uma anã marrom, um objeto gasoso de dimensões quase estelares, mas de massa insuficiente para iniciar o processo de fusão nuclear e fazê-lo brilhar como uma estrela.
Batizado como WISE J085510.83-071442.5, a anã-marrom se localiza a apenas 7.2 anos-luz do Sol (cerca de 70 trilhões de quilômetros), o que a torna o quarto sistema mais próximo do sol. Além disso, de acordo com os pesquisadores, o objeto é extremamente frio, com temperaturas oscilando entre -48 e -13 graus, o que seria a mais fria anã marrom já detectada.

"É marcante saber que mesmo após décadas estudando o céu, ainda não temos um inventário completo dos vizinhos do Sol", disse Michael Werner, cientista responsável pela missão do telescópio espacial Spitzer junto ao Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa.


Invisível

WISE J085510.83-071442.5 é um objeto frio e distante e por não irradiar luz no espectro visível não pode ser visto por telescópios tradicionais. Para descobri-lo foi preciso observar o céu no espectro infravermelho, onde o brilho térmico dos objetos pode ser detectado. Para isso os pesquisadores utilizaram imagens dos telescópios espaciais Spitzer e Wise, cuja missão foi justamente varrer o céu neste comprimento de onda e mapear corpos celestes que de outra forma passariam despercebidos.


Após a detecção de WISE J085510.83-071442.5, a equipe de Kevin Luhman passou a utilizar os dados gerados pelos telescópios em infravermelho Gemini e Cerro Pachon, no Chile.

Combinando as imagens feitas do objeto tomadas de diferentes posições ao redor do Sol pelos telescópios espaciais e terrestres, os pesquisadores puderam determinar a paralaxe e então calcularam a distância da anã-marrom, estimada em 7.2 anos-luz, o quarto sistema mais próximo do Sol depois do trio Alpha Centauro, localizado a 4 anos-luz de distância.


Nemesis
Em março de 2013, a análise das imagens do WISE feita pela equipe de Luhman também demonstrou a existência de um par de anãs marrons muito mais quentes, localizadas a 6.5 anos-luz. Entretanto, sua busca demonstrou até agora que o Sistema Solar exterior não contém qualquer grande planeta ainda não descoberto, afastando a possibilidade da existência de um suposto "Planeta X" ou da estrela Nemesis, uma hipotética companheira binária do nosso Sol.

Tudo sobre o Eclipse Solar de 29 de abril de 2014

No dia 29 de abril de 2014, acontece um Eclipse Solar Anular que será visível em uma pequena região em forma de D, ao longo de 500 km de largura, na Antártida.
         Este será o segundo eclipse de 2014 (o primeiro foi o eclipse lunar total 15 de abril), e será oprimeiro eclipse solar do ano, marcando o fim da primeira temporada de eclipses de 2014, que tem o número mínimo de eclipses possíveis em um ano, com quatro: dois Solares parciais e dois Lunares totais. Apesar de ser visível em somente algumas partes do mundo, teremos a transmissão ao vivo!
De onde o Eclipse Solar de abril será visível?

         Alguns locais poderão observar parte do Eclipse Solar de 29 de abril. Várias ilhas do Oceano Índico Sul assim como toda a Austrália irão testemunhar um pouco desse próximo Eclipse Solar.
         A Antártida tem as melhores circunstâncias, mas novamente, a visão "anular" aparecerá em uma área desabitada entre Dumont d' Urville e Concordia, regiões atualmente ocupadas pela França ... ou seja, apesar de ter as melhore condições de observação, não será na Antártida que este Eclipse Solar será observado...
         Algumas ilhas no sul do Oceano Índico verão cerca de 55% do Sol eclipsado. Na Austrália, mais especificamente em Perth, 55% poderá ser observado, e em Sydney, 50%.


 Em Darwin (Austrália), Bali (Indonésia) e ilhas vizinhas poderão ver a Lua cobrir somente 20% do disco solar.
         Observadores em Sydney e leste da Austrália, tomem nota: o Eclipse ocorrerá abaixo do horizonte, a oeste após o pôr do Sol, e vai oferecer aos fotógrafos a oportunidade de registrar o Eclipse Solar com objetos em primeiro plano.
 Um pouco mais sobre o Eclipse Solar de 29 de abril de 2014

O Eclipse Solar deste mês é também um evento muito raro, pois o centro da sombra da Lua, conhecido como antumbra, vai passar a quilômetros acima do continente antártico.
Visibilidade do Eclipse Solar de abril de 2014
Animação do Eclipse Solar - 29 de abril de 2014
Créditos: NASA / GSFC / A.T. Sinclair
         Esse Eclipse Solar é chamado de " não-central, com um limite ", pois o centro da umbra ou antumbra da Lua só vai 'perder' a Terra em uma das pontas.
         Jean Meeus e Fred Espenak verificaram que de 3.956 Eclipses Anulares que ocorrem desde o ano 2.000 aC até o ano 3.000 dC, apenas 68 (1,7%) são da variedade não-central.
         Um Eclipse Solar Anular ocorre quando a Lua está na distância quase exata, mas sem cobrir todo o disco solar, resultando em um "anel brilhante" ou "anel de fogo". Um bom exemplo de Eclipse Anular é o Eclipse que ocorreu na Austrália no ano passado, no dia 10 de maio de 2013.
         Embora nenhum olho humano poderá testemunhar a visão anular deste Eclipse, o satélite PROBA 2 da Agência Espacial Europeia poderá testemunhar alguns segundos da visão anular no dia 29 de abril.

         Nota: Observar qualquer tipo de Eclipse Solar requer proteção adequada para os olhos. O método mais seguro para ver um Eclipse Solar é através de projeção, e isso pode ser feito usando um telescópio (note que telescópios Schmidt-Cassegrain são uma péssima escolha para este tipo de observação, pois eles aquecem rapidamente! ).

       
Fonte: Universetoday / NASA
Imagens: NatGeo / B. Marquez / Universetoday / D. Dickinson / A.T. Sinclair / GSFC

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Lua e Vênus brilham juntos no céu - saiba como observar

Se o seu tempo estiver sem nuvens na madrugada de quinta pra sexta e de sexta pra sábado ( 25 e 26 de abril ), dê uma olhada no céu antes do amanhecer, próximo do horizonte leste. Você terá uma visão maravilhosa dos dois objetos mais brilhantes do céu noturno: A Lua e o deslumbrante planeta Vênus.A dupla brilhante proporcionará um verdadeiro espetáculo. A Lua minguante tem cerca de 15% do disco iluminado, e Vênus estará a penas 7 graus de distância da Lua.

         Para calcular a distância em graus dos objetos celestes, basta estender o braço e fechar o punho. A parte do céu que seu punho comporta equivale a aproximadamente 10 graus. Sendo assim, Lua e Vênus estarão separados por pouco mais da metade de um punho.
Conjunção Lua e Vênus

 Antes do amanhecer do dia 25 de abril, a Lua estará acima do planeta Vênus. Já no dia seguinte, a Lua estará abaixo, como mostra na imagem acima. Isso ocorre pelo fato de que a Lua está muito mais próxima da Terra do que Vênus, e seu movimento aparente no firmamento ocorre mais rapidamente. Note que Vênus também se moveu, e encontra-se mais baixo no céu, mas a mudança é muito sutil, e só pode ser percebida se compararmos sua posição com as estrelas mais próximas.

         A deslumbrante estrela d'alva (como Vênus é conhecido por muitos), vai continuar visível no céuleste até o mês de agosto, quando ele lentamente ficará mais próximo do Sol, até que não seja mais possível observá-lo. Já a Lua, continuará a diminuir de brilho, e chegará em sua fase de nova no dia 28 de abril, quando ela eclipsará o Sol, fenômeno visível em algumas regiões da Antártida, Austrália e pacífico sul.

         Lembre-se que o eclipse solar do dia 29 de abril terá transmissão ao vivo, e estará disponível em nosso site, não percam!

Créditos: STELLARIUM

Explosão solar interrompe comunicações sobre o Pacífico


Um poderoso flare solar de classe X1.3 foi observado no final da noite de quinta-feira, rompendo uma sequência de calmaria que já durava diversas semanas. O evento ocorreu no limbo oeste da estrela e interrompeu as comunicações em diversas partes da Terra.Veja aqui
 
A explosão solar ocorreu às 21h30 de quinta-feira e teve origem na grande mancha solar AR 2035, momentos antes de desaparecer da face visível do Sol.
Embora a localização da explosão não favorecesse a ejeção de partículas carregadas em direção à Terra, o intenso pulso de raios-x produziu um longo período de blackout de radiocomunicação nas áreas iluminadas pelo Sol, observado principalmente por estações de rádio localizadas sobre Pacífico. De acordo com Centro de Previsão de Clima espacial dos EUA, SWPC, o blecaute durou cerca de 1 hora.
Flares dessa intensidade, quando dirigidos à Terra, podem causar sérios problemas em equipamentos à bordo de satélites e interferir de forma bastante acentuada em sistemas de comunicação e navegação. Flares extremamente fortes também podem induzir correntes em linhas de transmissão que podem levar a blecautes de energia.
O flare registrado nesta quinta-feira foi o quarto a ser registrado em 2014. O mais intenso ocorreu em 24 de fevereiro, quando uma violenta explosão solar gerou um mega flare classe X4.9.

O maior de todos
Em 4 de novembro de 2003 ocorreu a maior tempestade solar já registrada por instrumentos. De acordo com os pesquisadores, essa rajada atingiu a classe X28. Alguns estudos mostram que esse valor pode ter sido ainda maior e o nível de raios-x pode ter alcançado a impressionante classe X40.
Veja aqui.
 Para que o leitor tenha uma ideia da violência do evento, a explosão danificou 28 satélites, uma sonda na órbita de Marte e provocou um apagão na Suécia. Além disso, foi registrada por diversas naves interplanetárias, entre elas a Voyager, naquela época próximo da orbita de Plutão. O satélite SOHO, que registrava o evento, ficou momentaneamente cego pela descomunal quantidade de energia que atingiu seus sensores.
Por sorte, a área mais densa das partículas ejetadas não atingiu a Terra diretamente, passando de raspão pelo nosso planeta.


Bola de fogo cruza os céus do interior de São Paulo


  Uma enorme bola de fogo cruzou os céus de várias cidades do interior de São Paulo. O bólido foi observado pelas câmeras da BRAMON na última segunda-feira, dia 21 de abril às 18h44 BRT.

         Avaliações preliminares feitas pelos pesquisadores da BRAMON apontam para uma trajetória longa, com grande resistência, e se deslocava a uma velocidade angular de aproximadamente 10 km/s. Durante sua trajetória, o meteoro apresentou quatro explosões, e uma aparente fragmentação.

         Este já é o segundo grande meteoro que foi registrado nos céus de São Paulo pelas câmeras da BRAMON nos últimos 3 mêses. O primeiro bólido foi observado no dia 12 de fevereiro, pelas câmeras de monitoramento de Mogi das Cruzes e São Sebastião, litoral norte de São Paulo.  Menos de uma hora antes das câmeras da BRAMON registrarem o bólido sobre o interior de São Paulo, outra grande bola de fogo foi observada na região de VarginhaMinas Gerais. Especialistas afirmam que os dois meteoros (de São Paulo e de Minas Gerais) são eventos isolados, e que o meteoro observado em Minas Gerais pode ter sido uma reentrada de lixo espacial.
         A bola de fogo que cruzou os céus do interior de São Paulo pode estar associada à chuva de meteoros Lirídeas, que acontece entre os dias 16 e 25 de abril.

         A BRAMON é um projeto brasileiro de observação de meteoros com 10 câmeras ativas, e mais 20 câmeras devem ser instaladas até o final do ano.

         O Brasil é um país enorme em questão territorial, e por isso, temos uma ótima oportunidade de monitorar eventos como esse. Estações de monitoramento são importantes para que possamos registrar tudo o que acontece nos céus. Se você tem uma Estação de Monitoramento, ou deseja construir uma, você pode fazer parte desse belo projeto. Para mais informações, acesse o site oficial da BRAMON clicando aqui.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Asteróides atingem a Terra com potência superior a bomba atômica



Uma rede global que detecta testes de armas nucleares, detectou 26 explosões entre 2000 e 2013. O estranho é que essas "explosões nucleares" foram todas causadas por asteróides, que colidem na alta atmosfera da Terra.


         Um famoso impacto de um objeto como esse, que ocorreu em Chelyabinsk, na Rússia, causou ferimentos generalizados e danos em uma grande região.

         O estudo recente é um lembrete sombrio de que os dias de sorte da Terra podem estar contados. "A maioria dos impactos são muito pequenos para causar danos, mas é provável que um grande asteróide com poder de destruir toda uma cidade colida com a Terra uma vez a cada século", comenta Ed Lu, um ex- astronauta da NASA que agora supervisiona a fundação B612.
 "Há uma crença popular de que os impactos de asteróides são extremamente raros, e que ocorrem com milhões de anos de diferença entre um e outro, mas pensar assim é errado. Acreditamos que um estudo mais detalhado tenha o poder de mostrar que a história não é bem assim", disse Ed.
         Os dados utilizados no vídeo foram coletados por uma rede global de estações, composta por microbarometros que medem continuamente mudanças minúsculas na pressão do ar em frequências muito mais baixas do que o ouvido humano consegue detectar. A rede é operada pela Organização do Tratado de Proibição de Testes Nucleares.A Fundação B612 ( que leva o nome de um planeta fictício no livro O Pequeno Príncipe, do autor francês e piloto Antoine de Saint- Exupery) planeja lançar um telescópio em 2018 ao espaço para localizar asteróides potencialmente perigosos, tais como aquele objeto que explodiu sobre Chelyabinsk, que gerou uma explosão de 600 quilotons de energia. Mais de 1.000 pessoas ficaram feridas por estilhaços de vidros e escombros. Em comparação, a bomba atômica lançada sobre Hiroshima em 1945 teve uma energia de impacto de 15 quilotons.

         Durante os 5,5 anos iniciais de operação, o telescópio da fundação B612, chamado Sentinel, deve ser capaz de encontrar 90% dos asteroides próximos da Terra, que tenham pelo menos 140 metros de diâmetro. O telescópio também poderá detectar cerca de 50% dos asteroides com 40 metros de diâmetro, segundo estudos.

         Asteroides com tamanho entre 40 e 45 metros de diâmetro são os que têm o potencial de destruir uma cidade. "Imagine um grande prédio que se desloca a Mach 50 (ou mais de 60.000 km/h)", Comenta Ed.

         "Chelyabinsk nos ensinou que os asteroides com tamanho de 20 metros podem causar efeitos substancias. "Os dados que temos é insuficiente para saber de fato qual tamanho de asteroide poderia destruir uma cidade, mas isso não é o ponto principal ... se essas coisas acontecem a cada 100, 80 ou 150 anos, vamos descobrir quando lançarmos o Sentinel.

         "O que é importante e que as pessoas precisam entender é que esses eventos não acontecem a cada 50 milhões de anos... na verdade, eles não são tão raros assim", disse Ed Lu.

Fonte: DNews
Imagem: NASA

Grande bola de fogo se rompe sobre o interior de São Paulo

Uma grande bola de fogo em processo de fragmentação foi observada na noite de segunda-feira cruzando céu de diversas cidades do interior de São Paulo. Esse é o segundo meteoro de grandes dimensões a ser registrado nos últimos dois meses sobre o Estado.
O intenso bólido cruzou o céu às 18h44 pelo horário de Brasília e de acordo com dados computados pela rede de observação de meteoros BRAMON, sobrevoou diversas cidades do Vale do Paraíba e Grande São Paulo.
Segundo Carlos Apodman Bella, ligado à BRAMON, o bólido se deslocava com uma baixa velocidade angular de cerca 10km/s e durante sua trajetória apresentou quatro explosões sendo que ao final apresentou uma clara fragmentação.
"Uma avaliação visual de seu comportamento durante a longa trajetória parece mostrar que ele possuía uma grande resistência à pressão exercida sobre ele, demorando a romper. Isto pode indicar que o corpo possuía uma alta densidade, talvez majoritariamente metálico", explicou Bella.

 Meteoro em São Paulo - trajetóriaa
Os pesquisadores da BRAMON ainda estão analisando as imagens capturadas pelas estações de Campinas e Mogi das Cruzes, com o objetivo de determinar a massa e a altitude final antes do dark flight, fase em que o meteoro se "apaga" mas continua em queda livre.
Essa é a segunda vez em menos de dois meses que um meteoro de dimensões aparentemente grandes é registrado pelas câmeras da BRAMON sobre São Paulo. A primeira ocorreu em 12 de fevereiro, quando as câmera de vigilância de Mogi das Cruzes e São Sebastião detectaram uma grande bola de fogo cruzando grande parte do litoral norte paulista.

Meteoro em Varginha
Cerca de 40 minutos depois da detecção do meteoro feita pela BRAMON, uma outra bola de fogo foi registrada acima do céu de Varginha, em Minas Gerais.
Meteoro em Varginha
O evento foi registrado em foto pelo internauta Sergio Garcia e mostra um suposto objeto se fragmentando em vários pedaços.
Devido à grande diferença de tempo entre os dois eventos, é pouco provável que esteja relacionados. No caso de Varginha, os fragmentos parecem estar bem mais dispersos, lembrando a reentrada de possível lixo espacial.

BRAMONCom cerca de dez câmeras ativas, a BRAMON vem obtendo um ótimo índice de registros de eventos de grande porte como este e a taxa de captura de bólidos tem sido de um por mês, o que supera largamente as expectativas iniciais.

Até final do ano as previsões apontam a implantação de mais 20 a 25 câmeras em todo território nacional, realizando uma cobertura sem precedentes dos eventos magníficos que eram subestimados nos céus brasileiros.
Se você tem interesse em participar da BRAMON e também quer montar uma estação de vigilância dos céus, entre em contato com a BRAMON através do email: bramon@bramon.com.br.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Chuva de meteoros Lirídeas 2014

  chuva de meteoros Lirídeas, também conhecida como Liridas ou Lyrids (em inglês), acontece todos os anos no mês de abril. Ela é resultado da passagem do planeta Terra pelos rastros do cometa não periódico chamado Thatcher C/1861 G1.
         chuva de meteoros anual Lirídeas acontece entre os dias 16 e 25 de abril, porém, é na madrugada do dia 21 para o dia 22 de abril que acontece seu pico (momento em que uma maior quantidade de meteoros são observados).

   Transmissão ao vivo pelo site do projeto Slooh aqui.
         A transmissão ao vivo deve ter início às 21h00 BRT (23h59 UTC) dessa segunda-feira, dia 21 de abril. A taxa de meteoros que pode ser observada no pico da chuva Lirídeas é de aproximadamente 15 meteoros por hora. Por conta da fase da Lua, a contagem de meteoros pode ser menor esse ano, porém, nunca se sabe quando teremos um "outburst", que é quando observamos uma quantidade muito maior do que o normal.
         Observadores norte-americanos viram uma explosão de cerca de 100 meteoros por hora na chuva lirídeas de 1982. Cerca de 100 meteoros por hora também foram vistos na Grécia em 1922, e no Japão em 1945.

Como observar a olho nu?
         Felizmente, não é necessário nenhum equipamento para observar uma chuva de meteoros. Na verdade, o melhor de uma chuva é visto a olho nu.
         radiante (local no firmamento de onde os meteoros parecem se originar) fica próximo à constelação de Lyra, mais exatamente na constelação de Hércules. Após a meia-noite do dia 22 de abril (madrugada de 21 a 22 de abril), já é possível localizá-la no céu, porém, é após as 04h00 da manhã o melhor momento para observar os meteoros. Veja na imagem abaixo o radiante da chuva:
Quanto mais ao Norte do Brasil você estiver, melhor será sua observação da chuva Lirídeas. Em São Paulo, por exemplo, ela já se encontra muito próxima do horizonte, o que dificulta bastante. Quanto mais ao Norte de São Paulo, melhor, pois a radiante estará mais alta no céu.
         Mesmo que você tenha telescópio, não utilize-o para observar uma chuva de meteoros. Dê preferência para regiões longe de cidades grandes, onde não tenha luzes artificias. Cidades como São Paulo, por exemplo, possui um céu avermelhado, que é causado pela poluição luminosa, e dificulta a observação de objetos com brilho fraco. Perceba que em cidades grandes, nunca vemos muitas estrelas no céu. O mesmo acontece com os meteoros. Somente os mais brilhantes são observados em cidades grandes, e mesmo assim, eles parecem fracos.

Um pouco mais sobre a chuva de meteoros Lirídeas
         A chuva de meteoros que acontece nesse mês de abril é uma das chuvas mais antigas da história, havendo relatos de mais de 2.700 anos.
         Observadores da China antiga relatam em documentos datados de 687 A.C a "grande chuva de estrelas que caia do céu", referindo-se a chuva de meteoros Lirídeas.
         Os meteoros que observamos no céu acontecem quando as pequenas partículas, geralmente com tamanhos de um grão de areia, entram na atmosfera da Terra, a cerca de 100 quilômetros de altitude, a uma velocidade de aproximadamente 177 mil km/h. Ao entrarem em nossa atmosfera, esses pequenos grãos queimam e produzem o risco brilhante no céu, que chamamos de meteoro.
         Os meteoros, também conhecidos como estrelas cadentes, podem variar em brilho, cor, tamanho e velocidade. Eles podem ser observados durante uma chuva de meteoros, ou até mesmo durante uma noite qualquer. Por conta do movimento de rotação da Terra, eles ocorrem com mais frequência após a meia-noite.
         Uma curiosidade sobre a chuva de meteoros Lirídeas: na verdade, essa chuva deveria se chamar "Herculídeas", pois sua radiante fica na constelação de Hércules. Isso acontece porque essa chuva foi nomeada e identificada no século 19, quando a UAI (União Astronômica Internacional) ainda não havia adotado "oficialmente" a configuração das constelações, o que ocorreu somente em 1922.

         Boas observações à todos, e bons céus!

Créditos: Slooh
Imagem: STELLARIUM
  

Câmera registra explosão causada por meteoro em cidade na Rússia

Incidente ocorreu durante a madrugada na cidade de Murmansk.
Autoridades não registraram danos ou vítimas após incidente.
Explosão causada por meteorito foi registrada por câmeras colocadas em carros na cidade de Murmansk, na Rússia (Foto: Reprodução/YouTube/9plus0)
Uma explosão no céu causada provavelmente por um meteoro deixou assustados os moradores da cidade de Murmansk, extremo norte da Rússia, e iluminou a madrugada do dia 19 no local.A câmera instalada em um veículo registrou o momento em que um clarão azulado bastante forte apareceu no céu, por volta das 2h10 na cidade (18h10 de sexta-feira pelo horário de Brasília. Assista ao vídeo aquiDe acordo com a emissora russa “RT”, as autoridades não confirmaram se os fragmentos teriam atingido o solo, e os serviços de emergência afirmaram que não houve registros de danos ou feridos devido ao episódio.Como não houve confirmação a respeito da aterrissagem dos fragmentos do solo, o corpo celeste ainda está sendo chamado de meteoro, e não de meteorito.A explosão relembrou o incidente ocorrido em fevereiro de 2013 na cidade de Chelyabinsk, na região dos Montes Urais, também na Rússia.Na época, moradores da cidade olharam assombrados para o céu e muitos pensavam que tinha começado uma guerra nuclear. Na verdade, era um asteroide rasgando os céus, provocando uma chuva de meteoritos. Capturada por muitas câmeras de vídeo, a explosão do asteroide que aconteceu em 15 de fevereiro de 2013 deixou em pedaços as vidraças de muitas janelas e a luz ultravioleta gerada foi tão intensa que mais de vinte pessoas sofreram queimaduras na pele.Uma das peças do meteorito, encontrada em um lago, pesava mais de 570 kg.