quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Muita força! Mancha solar entra na terceira volta ao redor do Sol

Normalmente, as manchas solares surgem e desaparecem rapidamente. Algumas, mais teimosas, chegam a fazer duas revoluções ao redor da estrela. Iniciar a terceira volta é bastante raro e a antiga mancha AR1944 parece ser um desses casos. E já chegou nervosa!

Na manhã desta segunda-feira (24/02), as imagens do telescópio solar SDO, da NASA, registraram duas fortes ejeções de massa coronal ocorridas no limbo leste do Sol. Foram erupções de classe M provocadas por uma região ativa já bastante conhecida dos leitores do Apolo11 e que está voltando à face visível da estrela: a mancha inicialmente batizada de AR1944.Essa região surgiu no limbo do Sol no final de dezembro de 2013 e era tão grande que foi possível vê-la sem auxílio de instrumentos durante vários dias, apenas com uso de filtros solares de alta densidade. Estima-se que seu tamanho chegou a 4.5 bilhões de km quadrados e por três vezes o Apolo11 transmitiu ao vivo as imagens dessa mancha.Durante sua estadia na face visível do Sol, AR1944 disparou diversos flares de raios-x, com alguns alcançando a Classe-X, das emissões de altíssima intensidade.Devido à rotação do Sol, AR1944 desapareceu no limbo oeste, mas percorreu toda a extensão posterior da estrela até ressurgir novamente no leste solar em 27 de janeiro, quando foi batizada de AR 1967.Durante sua presença, AR 1967 evolui e atingiu praticamente metade do tamanho original, mas manteve a característica magnética beta-gama-delta, similar à antecessora. A mancha emitiu diversos flares de raios-x, entre eles um de classe M4.9 responsável por ejeção de massa coronal não dirigida à Terra.Da mesma forma que AR1944, AR 1967 também rotacionou e permaneceu escondida de nossos olhos durante vários dias, mas a persistência da região não a fez sucumbir.Neste momento, a mancha está praticamente colada ao limbo leste, pronta para ressurgir na face visível do Sol. Isso deverá ocorrer nas próximas 24 ou 48 horas, quando receberá uma nova designação.Como a mancha já está despontando e causando flares de emissão relativamente fortes, podemos esperar novas erupções à medida que a região se torna mais visível. A mancha promete!

Arte: no topo, momento da erupção solar na mancha localizada no limbo do Sol, que retorna para iniciar a terceira volta ao redor da estrela. Crédito: NASA/SDO, Apolo11.com.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Principais eventos astronômicos para o mês de Fevereiro de 2014.



Supernova: cientistas tentam compreender como explode uma estrela

Um dos maiores mistérios da astronomia é entender o mecanismo primordial que faz com que uma estrela exploda e se transforme em supernova. Mas agora, com emprego de modernos telescópios espaciais esse mistério está perto de ser revelado.Supernova Cassiopeia AAs estrelas são bolas esféricas de gás e seria fácil imaginar que quando explodem, ao final da vida, seu material remanescente fosse ejetado de forma bastante uniforme, praticamente redonda, mas não é bem isso o que acontece.
"Nossos estudos mostram que o coração da explosão, ou motor, é bastante distorcido possivelmente porque as regiões no interior da estrela literalmente se espalham antes da detonação", disse Fiona Harrison, principal investigadora para os dados do telescópio espacial NuStar junto ao Instituto de Tecnologia da Califórnia, Caltech.
Fiona se baseia em dados de alta-energia registrados pelo telescópio e que permitiram a criação do primeiro mapa de material radioativo observado em um remanescente de supernova. Os resultados, obtidos do estudo do que restou de Cassiopeia A (Cas A) mostram como as ondas de choque praticamente rasgaram a estrela maciça em seus momentos finais.
Cassiopeia A
Cas A foi criada quando uma estrela maciça explodiu em uma supernova, deixando no espaço um cadáver estelar denso repleto de restos ejetados. A luz da explosão chegou à Terra algumas centenas de anos atrás, assim, o que estamos vendo nesse momento é o remanescente quando ainda era muito jovem.
Elementos pesados
As supernovas semeiam o universo com muitos elementos químicos, incluindo o ouro das joias, o cálcio dos ossos e o ferro no sangue. Enquanto pequenas estrelas como o nosso sol terminam suas vidas de modo menos violento, estrelas com pelo menos oito vezes a massa solar explodem em eventos cataclísmicos, chamados supernovas. As temperaturas extremamente elevadas e as partículas criadas na explosão fundem os elementos mais leves para criar elementos mais pesados.
Explosão Supernova
No caso de Cas A, o material mapeado é o titânio 4, que tem um núcleo instável produzido no coração da estrela no momento da explosão. O mapa mostra o titânio concentrado em aglomerados no centro do remanescente e aponta para uma possível solução para o mistério de como a estrela mãe encontrou o seu fim.

Onda de Choque
Quando os pesquisadores simulam explosões de supernovas em computadores, a principal onda de choque frequentemente é bloqueada e a estrela não consegue quebrar. No entanto, as últimas descobertas sugerem fortemente que ao explodir a estrela literalmente se esparrama, re-energizando a onda de choque bloqueada, permitindo que as camadas exteriores finalmente sejam ejetadas.
"Com o mapa produzido pelo NuSTAR temos uma nova ferramenta forense para investigar a explosão", disse um dos autores do estudo, Brian Grefenstette, da Caltech.
Segundo o pesquisador, antes era difícil interpretar o que estava acontecendo em Cas A, pois as observações eram feitas apenas no comprimento de onda dos raios-X, emitidos quando o material remanescente é aquecido. "Agora que podemos enxergar o material radioativo estamos vendo o que ocorreu no centro da explosão", disse Grefenstette.
"É por isso que nós construímos NuSTAR. Para descobrir coisas que nunca soubemos sobre o universo de alta energia", disse Paul Hertz , diretor da divisão de astrofísica da Nasa e um dos projetistas do telescópio.

Saturno e Lua: juntos no céu


O Senhor dos Anéis do Sistema Solar, o planeta Saturno estará muito próximo da Lua.


Se você olhar para o lado esquerdo de Saturno, você poderá observar duas estrelas. A que estiver mais abaixo se chama Zubeneschamali e a mais alta chama-se Zubenelgenubi, ambas da constelação de Libra.

         Durante a madrugada, a partir da 01h00 (já do dia 22), Saturno e Lua já começam a alcançar uma altura média no céu.   Se no seu local de observação houver edifícios ou qualquer coisa que possa impedir a visualização do horizonte leste, você deverá aguardar um pouco mais, até que eles alcancem um ponto mais alto no céu.

         O gigante Saturno estará ao lado da Lua. Você o verá como um ponto brilhante bastante forte, de tom amarelado (quase branco).  Um pouco antes do amanhecer, por volta das 05h00 (de seu horário local) é quando esse belo par estará no ponto mais alto do céu. A distância aparente entre os dois objetos celestes será de aproximadamente 5 graus.

         Já para observar os anéis de Saturno, você precisará de um telescópio com pelo menos 110 mm de abertura. Seus anéis estão inclinados em mais de 22,5 graus referente a nossa linha de visão. Os anéis de Saturno não estarão tão inclinados novamente até outubro, quando Saturno estará em uma posição não tão favorável. Atualmente, Saturno encontra-se a 1,44 bilhões de quilômetros da Terra . A Lua, por outro lado, está quase 3.900 vezes mais próxima. Apesar da grande distância entre esses dois astros,hoje, ao menos visualmente, eles estarão muito próximos.

         Ainda faltam cerca de três meses para que Saturno esteja em oposição, e com isso, ele continuará a ganhar destaque lentamente durante os dias e semanas que vir
ão.



Fonte: Space
Imagens: STELLARIUM


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Duas tempestades geomagnéticas atingem a Terra em menos de 24 horas

Duas tempestades geomagnéticas atingiram a Terra em menos de 24 horas.

         Uma tempestade geomagnética relativamente fraca se desenvolveu durante as primeiras horas do dia 19 de fevereiro, quando uma Ejeção de Massa Coronal atingiu o campo magnética do nosso planeta. Esse primeiro impacto criou belas auroras que puderam ser observadas em altas latitudes, e até mesmo, na fronteira do Canada com os EUA as luzes tomaram conta dos céus.

  Hoje, dia 20 de fevereiro, outra Ejeção de Massa Coronal atingiu o nosso campo magnético. O impacto que ocorreu por volta das 03h00 UTC re-energizou uma tempestade geomagnética de classe G1, que está agora em andamento. Observadores do céu em altas latitudes devem ficar atentos, pois mais auroras polares estão a caminho.

         Jonathan Schiralli registrou essa bela imagem (ao lado) em Grand Rapids, Dakota do Norte. A exposição foi de 5 segundos usando uma câmera digital Canon Rebel T3 e com ISO 1600.

         Os meteorologistas da NOAA estimam uma chance de 30% a 50% para tempestades geomagnéticas severas em altas latitudes nos dias 20 e 21 de fevereiro.

         No momento, o clima espacial ao redor da Terra é intenso, e pode ficar ainda mais forte nos próximos dias. O campo magnético do nosso planeta está reverberando por conta do segundo impacto de EMC. De acordo com os meteorologistas da NOAA, outra EMC poderia chegar ainda hoje (20 de fevereiro) seguida por outra no dia 22 de fevereiro. A maior parte dessas EMCs são relativamente fracas, porém, seu efeito combinado é significativo.


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Cálculos errados: asteróide 2000 EM26 está desaparecido!


         Na noite da última segunda-feira (17 de fevereiro), o projeto Slooh transmitiu a cobertura ao vivo do asteroide 2000 EM26, que pôde ser acompanhada aqui mesmo em nosso site. A rocha passou a 8,8 distâncias lunares, porém, algo surpreendeu os astrônomos e os espectadores de todo o planeta: a rocha espacial não apareceu!



         O telescópio robótico do Slooh tentou recuperar imagens anteriores do asteroide e compartilhar algumas viagens de rochas próximas da Terra, mas não conseguiu capturar uma imagem sequer da posição prevista para o asteroide em destaque.
        
Agora, apelidado de 'Moby Dick', o asteroide está desaparecido no 'fundo do mar do espaço'. Nós terráqueos não precisamos temer, pois não há risco de colisão com o nosso planeta, mas certamente, a previsão feita sobre o asteroide estava errada... ele simplesmente não estava aonde deveria estar...
         O brilho previsto para o asteroide 2000 EM26 era de aproximadamente 15,4 magnitudes, o que deveria ser captado pelo telescópio. Ao invés de jogar tudo para o alto, o projeto Slooh está apelando para os astrônomos amadores, para que eles façam uma pesquisa fotográfica a fim de descobrir a localização da rocha perdida.
         A última vez que o 2000 EM26 foi observado foi há 14 anos, o que não surpreende as incertezas na sua posição, que pode ter sido alterada desde então. De acordo com Daniel Fischer, astrônomo amador e escritor alemão de astronomia, as posições estavam erradas em cerca de 100 graus!
         Paul Cox, diretor do Observatório Slooh aponta: "Descobrir esses Objetos Próximos da Terra (NEOs) não é suficiente. Como vimos com 2000 EM26, todo o esforço feito para a sua descoberta é inútil se as observações de monitoramento não são feitas para determinar com precisão as suas órbitas no futuro. E isso é exatamente o que os membros Slooh estão fazendo, usando os telescópios robóticos do nosso projeto para medir com precisão as posições de asteroides e cometas".
         Se ainda assim, não encontrarmos o asteroide Moby Dick, um grande telescópio deverá completar a tarefa. Aqui está um link com as informações da NASA / JPL, incluindo brilho, coordenadas e distância para 2000 EM26, que poderá ser visto clicando aqui.
         Asteroides com tamanhos parecidos ao 2000 EM26 estão passando, inclusive, ainda mais próximos da Terra, e isso acontece todos os meses.
         Todos os olhos (e telescópios) estão neste momento apontados para o céu, com a missão de descobrir de fato a posição dessa grande rocha espacial, e refinar a trajetória de sua órbita. O grande mistério do asteroide 2000 EM26 pode estar só começando.
No topo: Telescópios Slooh nas Ilhas Canárias. Créditos: Slooh
Fonte: Universetoday
Créditos: Slooh

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Asteroide gigante passará próximo à Terra



O asteroide 2000 EM26 não representa nenhuma ameaça de realmente atingir o planeta, mas as câmeras do 
Observatório Slooh irão acompanhar o asteroide em sua passagem pela Terra. A transmissão ao vivo feita pelo projeto Slooh deve começar HOJE às 23h00 pelo horário de Brasília
 (02h00 UTC do dia 18 de fevereiro). 

Clique para assistir a transmissão ao vivo direto pelo site do Slooh.



 . Os cientistas estimam que 2.000 EM26 tem cerca de 270 metros de diâmetro, e está viajando através do Sistema Solar a uma velocidade de 12,37 km/s, de acordo com Slooh. Durante a sua maior aproximação, o asteróide vai passar a cerca de 8,8 distâncias lunares da Terra.
         A passagem do asteroide 2000 EM26 acontece quase exatamente um ano depois de dois grandes objetos próximos da Terra ( NEO ) passarem por aqui (eventos em 15 de fevereiro de 2013). Naquele dia, como os cientistas estavam acompanhando a passagem do asteroide de 30 metros 2012 DA14, outra rocha espacial inesperadamente explodiu sobre Chelyabinsk, na Rússia, causando danos consideráveis ​​a prédios e ferimentos em mais de 1.000 pessoas por conta de vidros estilhaçados.
         "De épocas em épocas, um asteroide gigante nos atinge, felizmente, eles geralmente caem sobre um dos oceanos ou na Antártica", comenta o astrônomo Bob Berman. "Mas essas ameaças nos mostram que devemos aumentar cada vez mais o rastreamento dos NEOs (Asteroides Próximos da Terra), bem como a criação de planos de contingência para desvia-los em um curto espaço de tempo se necessário. Seria uma sábia utilização dos recursos atuais".





Fonte: Space
Créditos: Slooh

Medalhistas olímpicos ganharam medalhas cravejadas com meteorito

Sábado (dia 15 de fevereiro) fez exatamente um ano desde que um pequeno asteroide próximo à Terra entrou na atmosfera do nosso planeta sobre a Rússia, e explodiu sobre a região de Chelyabinsk. Considerado como o asteroide mais amplamente testemunhado na história moderna, o meteorito de Chelyabinsk também foi o maior objeto natural registrado em vídeo que caiu do espaço desde 1908.


 
 A rocha espacial se fragmentou em centenas, senão milhares de pequenos fragmentos, que choveram sobre os campos cobertos de neve da região russa. Durante o ano passado, muitos fragmentos do meteorito Chelyabinsk foram recuperados, e algumas peças foram encaminhadas para laboratórios, e outras poucas, foram para o mercado dos coletores, museus, além de uma pequena parte que estava reservada para os medalhistas olímpicos.   Os 10 medalhistas que ganharem ouro nos Jogos Olímpicos de 2014 em Sochi, no aniversário da queda do meteorito Chelyabinsk serão os grandes premiados.  No total, 50 medalhas foram adornada e cunhadas com meteoritos. Além daquelas que serão dadas aos comitês olímpicos das nações ganhadoras, uma será enviada ao museu regional Chelyabinsk, outra vai ficar em Sochi, e o restante será oferecido para "coleções particulares". 



  
Os pedaços de meteoritos foram afixados no centro das medalhas, que foram feitas de ouro e prata. Elas apresentam ainda um design inspirado na queda do meteorito capturada pela câmera de um carro. Os vídeos daquele dia rapidamente se tornaram virais, e foram compartilhados por todo o planeta pelos meios de comunicação social.    Os pedaços de meteoritos foram afixados no centro das medalhas, que foram feitas de ouro e prata. Elas apresentam ainda um design inspirado na queda do meteorito capturada pela câmera de um carro. Os vídeos daquele dia rapidamente se tornaram virais, e foram compartilhados por todo o planeta pelos meios de comunicação social.
Fonte: Space
Imagens: RIA Novosti / Aleksandr Kondratuk

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Lua: sinais de rádio indicam que módulo chinês saiu da hibernação

Duas reproduções dos receptores de rádio feitas por um grupo de radioamadores mostram que o módulo lunar Chang'e-3 saiu do período de hibernação. Apesar da boa notícia, não há qualquer informação sobre o estado do jipe-robô, que não responde a comandos terrestres.
As reproduções mostradas não são oficiais e foram divulgadas pelo grupo independente UHF-satcom, que detectou o sinal enviado pelo módulo chinês na frequência de 8496 MHz. O grupo também captou o sinal de uplink em 7209 MHz enviado pela agência espacial chinesa, que ao bater na Lua foi refletido de volta à Terra.

De acordo com o UHF-satcom, não há registro de qualquer sinal enviado pelo jipe-robô, o que vem a confirmar a possível perda de contato entre com o explorador.
O módulo de pouso e o jipe-robótico entraram em hibernação no dia 25 de janeiro por um período programado de 14 dias, mas informações divulgadas pelo ministério da ciência, tecnologia e defesa da China - SASTIND - davam conta que uma anomalia havia ocorrido com o explorador. A nota era breve e informava que a pane ocorrera em decorrência de um "complicado ambiente na superfície lunar", sem, no entanto, dar maiores detalhes.
Segundo informações da agência espacial chinesa, os cientistas estavam trabalhando para identificar o problema, mas até agora nada foi informado.

Downlink módulo lunar chinês

Hibernação
Uma noite na Lua dura 14 dias terrestres e nesse período a temperatura cai a cerca de 180 graus Celsius negativos. De modo a sobreviver, uma série de operações automáticas ocorre um dia antes da hibernação. O painel solar se volta em direção ao lado onde o Sol nasce. Em seguida, o mastro com as câmeras e a antena de alto-ganho se dobra sobre o deck, isolando o interior e as câmeras que são mantidos aquecidos pela ação da unidade de radioisótopos.



Créditos: UHF-satcom, Apolo11.com. 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Sonda Curiosity registra pela 1ª vez a Terra vista de Marte

O robô explorador Curiosity da NASA conseguiu pela primeira vez registrar a visão da Terra a partir da superfície do Planeta Vermelho. Uma imagem impressionante que mostra o nosso planeta como uma luz brilhante no céu de Marte, juntamente com a Lua.A sonda Curiosity fotografou a visão da Terra nos céus de Marte no último dia 31 de janeiro. A sonda observou o pôr do sol marciano, e após 80 minutos, fotografou a Terra, informaram os oficiais da NASA em uma descrição da imagem.

         "Se qualquer um de nós estivesse de pé na superfície de Marte e olhássemos para o céu, poderíamos facilmente ver a Terra e a Lua como dois pontos brilhantes", comentaram os funcionários da NASA. "Essas fotos estão praticamente intactas, pois foram feitos apenas alguns processamentos para remover os efeitos cósmicos."

         A sonda Curiosity tirou as fotos da Terra no céu de Marte durante o dia 529 na superfície marciana . A sonda de 2.5 bilhões de dólares tem explorado a vasta cratera Gale em Marte desde agosto de 2012.
 Mas essa não é a única foto que mostra como a Terra é vista de outro planeta. Em 2004, A sonda marciana Spirit da NASA tirou uma foto épica do tipo "Você está aqui", mostrando a Terra a partir da superfície marciana. A foto da sonda Spirit foi a primeira que mostrava a Terra a partir de um outro planeta.

         Várias outras sondas fotografaram a Terra do espaço profundo.

         A sonda Cassini da NASA fotografou a Terra e a Lua de Saturno em algumas ocasiões, sendo a mais recente em julho de 2013. Em 2010, a nave espacial Messenger, da NASA (atualmente na órbita de Mercúrio) fotografou a Terra e outros planetas em um retrato do Sistema Solar visto do planeta mais próximo do Sol.

         A fotografia mais famosa da Terra vista do espaço pode ser realmente chamada de " Pálido Ponto Azul " (como ela é conhecida). A foto foi registrada pela sonda Voyager 1 da NASA, e foi lançada no dia 14 de fevereiro de 1990.

Fonte: Space / NASA
Imagens: NASA

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Descoberta a estrela mais antiga do Universo


         Uma equipe liderada por astrônomos da Universidade Nacional da Austrália descobriu a estrela mais antiga do Universo (pelo menos que se conhece até o momento).

         Ela se formou logo após o Big Bang há 13,7 bilhões de anos. A designação da "mais nova antiga estrela" é SMSS J031300.362670839.3. A descoberta permitiu que os astrônomos estudassem pela primeira vez a química das primeiras estrelas do Universo, dando aos cientistas uma ideia mais clara de como era o cosmos em sua fase inicial.

         A estrela foi descoberta usando o telescópio ANU SkyMapper no Observatório Siding Spring, que está à procura de estrelas antigas, e realiza um projeto de cinco anos para produzir o primeiro mapa digital do céu do hemisfério sul.
 
   Essa antiga estrela está a cerca de 6.000 anos-luz da Terra, o que é relativamente perto em escalas astronômicas, informou Dr. Stefan Keller, da Escola de Pesquisas de Astronomia e Astrofísica. Ela é uma dentre 60 milhões de estrelas que já foram fotografadas pelo SkyMapper em seu primeiro ano.

         O Dr. Stefan Keller e o professor Mike Bessell confirmaram a descoberta usando o telescópio Magellan, no Chile. A composição da estrela recém-descoberta mostra que ela se formou no disco de uma estrela primordial, que tinha aproximadamente 60 vezes a massa do Sol.
         O resultado pode resolver uma discrepância de longa data entre as observações e previsões do Big Bang.

         Esta nova descoberta supera o que os astrônomos acreditavam ser a estrela mais antiga do Universo. HD 140283 tinha sua idade determinada em 13,2 bilhões de anos, e se formou logo após o Big Bang. Ela fica a uma distância relativamente curta, de 186 anos-luz do nosso Sistema Solar e tem sido estudada pelos astrônomos há mais de um século.

         A descoberta foi publicada na última edição da revista Nature.

Hoje: vejam o encontro de Júpiter e Lua

 Esta noite (10 de fevereiro), não deixe de observar o céu noturno. Logo após o pôr do Sol teremos um belo encontro de dois lindos astros: Júpiter e Lua.

         Se o tempo permitir, podemos observar o encontro celestial nesta noite. A Lua estará em sua fase crescente, a caminho de se tornar Cheia. O objeto brilhante próximo a Lua, pode até parecer uma estrela, mas será o gigante gasoso do Sistema Solar, o planeta Júpiter. Ambos, Lua e Júpiter irão percorrer o céu noturno durante toda a noite.

 O planeta Júpiter está em uma ótima posição para que possamos observá-lo. Como ele estará alto no firmamento celeste, árvores ou prédios que poderiam atrapalhar as nossas observações certamente não serão um problema, assim como os efeitos atmosféricos que costumam dificultar a visualização de objetos celestes próximos do horizonte... Júpiter brilhará livre, alto, sem obstáculos e com a Lua como sua companheira.

         Assim que o Sol de pôr, poderemos ver Júpiter ao lado da Lua no sentido nordeste. Ambos estarão visíveis no céu até às 02h00 (já do dia 11 de fevereiro). Eles estarão no ponto mais alto do céu, a norte, às 21h30. Lembrem-se que todos os horários aqui mencionados não estão no horário de verão.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Outra grande mancha solar

 Durante toda a semana, a grande mancha solar AR1967 estava muito bem 'acordada', liberando algumas Ejeções de Massa Coronal (EMC) juntamente com explosões de classe M, e aparentemente à beira de produzir uma erupção solar de classe X (a mais intensa). Porém, isso não aconteceu.

         No entanto, uma nova mancha solar está crescendo junto com a famosa AR1967. Essa nova mancha pode nos presentear com poderosos flares e EMC. A emergente região ativa AR1968 tem um campo magnético  'beta-gama-delta' instável, que abriga energia para fortes explosões.

         Os meteorologistas da NOAA estimam 60% de chance de uma erupção solar de classe M, e 20% de chance de explosões de classe X. Essas previsões foram feitas considerando as próximas 48 horas (dia 7 e 8 de fevereiro).

  Em Key West na Florida, Scott Wilson registrou as duas grandes manchas solares enquanto observava o Golfo do México. As manchas parecem estar 'derretendo' no oceano, veja:

         Essa estranha forma do Sol na imagem de Wilson é uma miragem causada pela refração no ar quente logo acima da superfície do mar. Existem muitos tipos de miragens solares, e esta é chamada de "Omega Sun", ou "Sol Omega", por conta da similaridade de seu formato com a letra grega ômega.

Fonte: Spaceweather
Imagem: Scott Wilson

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Venha conferir hoje (07/02)!

Nova cratera de impacto é detectada em Marte

   Uma nova cratera de impacto foi encontrada em Marte. A sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) registrou essa deslumbrante nova cratera, que possui 30 metros de diâmetro, com uma zona de explosão magnífica.





         Segundo os cientistas, a explosão causada pelo impacto resultou no lançamento de detritos a uma distância de aproximadamente 15 quilômetros. Fotos do antes e depois dessa região mostram que essa nova cratera foi formada entre julho de 2010 e maio de 2012.
 
 Como Marte é quase todo coberto por poeira avermelhada, a imagem teve que ser melhorada, e por isso, vemos esse tom azulado na região da cratera.
         Com a ajuda da MRO, os cientistas foram capazes de estimar que Marte é atingido por aproximadamente 200 impactos por ano, porém, esse em específico é maior do que a maioria.
  O procedimento usual para encontrar novas crateras é feito primeiramente através da sonda MRO, que com o auxílio de suas câmeras, identifica anomalias ou manchas escuras.
Após verificar algo diferente na superfície do planeta, a câmera de alta-resolução HiRISE é utilizada para acompanhar o local com mais detalhes. HiRISE obteve essa bela imagem no dia 19 de novembro de 2013.
     Para mais informações sobre a missão MRO que vem estudando Marte desde 2006, visite o site www.nasa.gov/mro

Fonte: NASA
Imagem: NASA / MRO

Nasa apresenta foto inédita de Saturno feita pela sonda Cassini

Tirada em 23 de novembro, foto revela forte corrente de ar em formato hexagonal


A Nasa apresentou uma nova foto de Saturno nesta quarta-feira (5), registrada pela sonda Cassini. A imagem destaca uma corrente de ar de fluxo rápido formada que contorna o polo norte do planeta em formato hexagonal.

A foto foi tirada em 23/11/2013, quando a Cassini estava passando por Saturno a uma distância de 2,57 milhões de quilômetros da superfície do planeta. A imagem tem uma escala de 149,67 quilômetros por pixel e foi tirada com um filtro espectral para capturar a luz infravermelha.

O hexágono em si tem cerca de 32.190 quilômetros de diâmetro, com ventos estimados de 321,87 quilômetros por hora. Por Saturno ser um planeta gasoso, não há quaisquer formações rochosas para quebrar os ventos, como aconteceria na Terra. É possível que esta formação hexagonal já exista há décadas ou mesmo séculos.

Divulgação/Nasa

Estudo: asteroides são mais complexos que o imaginado

Utilizando dados do New Technology Telescope, NTT, pesquisadores britânicos descobriram que os asteroides podem ter estrutura interna variada, com diferentes densidades. O estudo pode ajudar a compreender como os corpos celestes colidem e também fornecer pistas sobre como se formam os planetas.
Asteroide Itokawa

Com o auxílio de observações muito precisas obtidas a partir do solo, a equipe do pesquisador Stephen Lowry, ligado à Universidade de Kent, no Reino Unido, conseguiu medir a velocidade e a variação da taxa de rotação do asteroide 25143 Itokawa, culminando em um trabalho inovador sobre como asteroides irradiam calor.
Para investigar a estrutura interna do asteroide, Lowry e sua equipe utilizaram imagens recolhidas entre 2001 e 2013 pelo NTT, um telescópio terrestre instalado no Observatório de La Silla, no Chile. O objetivo era medir a variação do brilho do objeto à medida que este gira.
Os dados foram depois usados para deduzir o período de rotação do asteroide e então determinar como é que este período varia com o tempo.
Esta informação, quando combinada com o formato peculiar do asteroide - uma espécie de amendoim - permitiu explorar o seu interior e revelar pela primeira vez a possibilidade de uma estrutura formada por materiais diferentes.
A equipe de Lowry determinou que a taxa que asteroide rotaciona está acelerando lentamente devido ao efeito YORP e embora essa variação seja minúscula, de cerca de 0,045 segundos por ano, é muito diferente do esperado e só pode ser explicado se as duas partes do objeto em forma de amendoim tiverem densidades diferentes.
De acordo com o estudo, a densidade do interior do asteroide varia de 1,75 a 2,85 gramas por centímetro cúbico nas duas partes distintas de Itokawa, muito próximas das densidades observadas nas rochas porosas e densas.

Efeito YORP
Para entender melhor, a rotação de um asteroide e de outros pequenos corpos no espaço pode ser afetada pela luz solar. Este fenômeno é conhecido por efeito Yarkovsky-O’Keefe-Radzievskii-Paddack, YORP, e ocorre quando a radiação solar absorvida pelo objeto é reemitida pela sua superfície sob a forma de calor. Quando a forma do asteroide é muito irregular, o calor não é irradiado de modo homogêneo, o que cria no corpo um torque pequeno e contínuo, que muda a sua taxa de rotação.
Esta é a primeira vez que os astrônomos encontram evidências para uma estrutura interna dos asteroides bastante variada. Até agora, as propriedades do interior dos asteroides apenas podiam ser inferidas através de medições aproximadas da densidade.
O resultado da pesquisa, publicado no periódico Astronomy & Astrophysics, levou a muita especulação em torno da formação de Itokawa. Uma possibilidade é que o asteroide se formou a partir de dois fragmentos de um asteroide duplo após a colisão e fusão dos dois objetos.
“Descobrir que os asteroides não têm interiores homogêneos tem implicações importantes, particularmente para os modelos de formação de asteroides binários. Este resultado poderá igualmente ser aplicado em trabalhos que visam diminuir as colisões de asteroides com a Terra ou em planos para futuras viagens a estes corpos rochosos”, explicou o pesquisador.


Créditos: European Southern Observatory, Apolo11.com.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Beleza no céu. Acorde cedo e veja Vênus até de dia!

Algumas pessoas já perceberam uma estrela bastante brilhante que cisma em permanecer no céu mesmo após o Sol já ter nascido. Na realidade, esse brilho não vem de uma estrela, mas do planeta Vênus que ultimamente, pode ser visto até mesmo durante o dia.
 
Planeta Venus de dia
Normalmente, é mais fácil perceber a presença brilhante de Vênus antes ou após o pôr do Sol, já que as pessoas estão mais dispostas a relaxar e olhar para o horizonte após o dia de trabalho ou estudo. No entanto, muita gente acorda cedo (ou dorme tarde) também e aquela olhadinha básica para o céu é quase um costume.
Nos últimos dias, a observação do planeta Vênus está bastante favorecida já que o astro está surgindo bem antes do nascer do Sol, mantendo-se brilhante por mais de duas horas mesmo com céu já claro, o que vem chamando atenção dos observadores. Alguns nem sabem do que se trata.
Atualmente, Vênus se localiza a 48 milhões de quilômetros da Terra e apesar de aparentar ser um pontinho quando visto a olho nu, seu disco não está totalmente iluminado. Através de um pequeno binóculo ou telescópio podemos ver claramente que o planeta está com apenas uma fração do disco voltado para o Sol, formando uma espécie de Vênus Crescente. Se na sexta-feira apenas 12% de seu disco estava iluminado, no sábado essa porção será de 13% e no domingo, 14%.

Observando Vênus
Se você ainda não viu o planeta por esses dias, não tem segredo. Basta olhar para o quadrante leste, aquele em que nasce o Sol, a partir das 5 horas da manhã. Vênus é o objeto mais brilhante.
Ele poderá ser visto facilmente até as 7 ou 8 horas. Se o céu estiver bem azul, utilize um filtro vermelho para observa-lo. Esse é um "truque" usado pelos astrônomos e astrofotógrafos, já que o filtro vermelho escurece o azul do céu, destacando o brilho do planeta. Para experimentar, até celofane pode ser usado.
Bons céus!
 
Créditos: Stellarium, Apolo11.com. 

Atenção: mancha AR1967 pode provocar fortes tempestades solares

A gigantesca mancha solar AR1967 se desenvolveu muito, tornando se ainda maior que na última semana. Isso a fez magneticamente mais complexa e com grande potencial de ejeções de massa coronal que podem atingir a Terra.
 
Animação da Mancha solar AR1967
A mancha está voltada para a Terra e praticamente posicionada no centro da estrela. Se a observação visual feita há alguns dias mostrava apenas um pequeno pontinho no disco solar, hoje a situação é bastante diferente. Agora, AR1967 ocupa uma área com cerca de 4.5 bilhões de quilômetros quadrados, o equivalente a 9 vezes toda a área da superfície da Terra e sua observação revela um intrincado aglomerado de feições magneticamente complexas.
Com o desenvolvimento, as características magnéticas também se alteraram e a região ativa passou a ser classificada como beta-gamma-delta, formando um grupo de manchas bipolares tão complexo que é praticamente impossível traçar uma linha contínua entre os pontos de polaridades opostas. Esse tipo de região ativa é bastante instável e responsável por poderosas emissões de raios-x que podem ser acompanhadas ou não de ejeções de massa coronal.
De acordo com o SWPC, o centro de previsão de clima espacial dos EUA, existem cerca de 80% de probabilidades de ocorrerem flares moderados de classe M nas próximas 72 horas e até 50% para os flares de classe X, extremamente poderosos. Devido à posição da mancha, casos ocorram, ejeções de massa coronal podem chegar até a Terra.
Para quem não se recorda, a região ativa AR1967 já esteve presente na face visível do Sol há mais ou menos 30 dias. Na ocasião foi batizada de AR1944 e devido à rotação da estrela foi trazida de volta. Nos últimos dias, essa região foi responsável por diversos flares de classe M, considerados de intensidade moderada.
ATENÇÃO
Atenção: Para ver o Sol de forma segura, utilize óculos especiais para esse tipo de observação ou então as conhecidas lentes de soldador número 14. NUNCA olhe diretamente para o Sol sob o risco de cegueira.
 
Créditos: Rogério Marcon, NASA/SDO, Apolo11.com.