quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Grande mancha solar ressurge e já tem novo nome: AR1967

26 dias após surgir no limbo leste do Sol e criar expectativas, a gigantesca mancha solar AR1944 está de volta. Trazida de volta ao campo visual devido à rotação da estrela, a mancha foi rebatizada como AR 1967 e já pode ser vista no limbo leste do disco fulgurante.

Mancha solar AR1967
 Com praticamente metade do tamanho original, a região ativa AR 1967 perdeu as características magnéticas originais de configuração beta-gama-delta e neste momento apresenta configuração bipolar menos intrincada do tipo beta-gama.
Esse tipo de configuração magnética é suficientemente complexo a ponto de ser impossível traçar uma linha contínua entre os pontos de polaridades opostas e podem ser responsáveis por emissões de flares solares de intensidade moderada.
Nas últimas 48 horas esta região emitiu diversos flares de raios-x, entre eles um de classe M4.9 responsável por ejeção de massa coronal não dirigida à Terra. Da mesma forma que AR1944, nos próximos dias esse grupo de manchas estará novamente voltado para a Terra e deverá ser monitorado com mais atenção.

Nomenclatura das Manchas
Toda vez que um grupo de manchas solares (uma região ativa) é detectado lhe é atribuído um número sequencial. Essa numeração teve início em 5 de janeiro de 1972 e desde então a NOAA, Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, dos EUA, ficou responsável por essa função.
O nome do grupo de manchas é composto da inicial "AR", que significa Active Region, seguida de um bloco de quatro números. Em 14 de junho de 2002 a NOAA chegou ao número 10000 e para manter a compatibilidade com o padrão adotado, resolveu-se suprimir o quinto dígito. Assim, a mancha solar AR1967 é na realidade AR11967. Isso significa que desde 1972 já foram observadas quase 12 mil regiões ativas na superfície do Sol.

Artes: no topo, grupo de manchas solares AR1967 registrado pelo observador solar Kayzack Kz, do Langkawi National Observatory, na Malásia. Acima, vídeo Hangout onde explicamos sobre a mancha AR 1944. Créditos: Kayzack Kz, Apolochannel, Apolo11.com.

Começa a contagem regressiva para Plutão


         Uma das naves espaciais mais rápidas já construídas, a New Horizons da NASA, percorre o Universo a uma distância de quase um milhão de milhas por dia. Lançada em 2006, ela está chegando ao seu destino: Plutão.

         "O encontro começa em Janeiro de 2015", diz Alan Stern, do Southwest Research Institute e principal pesquisador da missão. " Estamos a menos de um ano desse encontro tão esperado".

         A abordagem mais próxima está prevista para julho 2015, quando a New Horizons estará a apenas 10.000 km de Plutão. O primeiro passo, em janeiro de 2015, será uma campanha intensa de fotografias pelo Imager Long Range Reconnaissance ou "LORRI", o que vai auxiliar os controladores da missão a identificar a localização de Plutão, que é incerta por alguns milhares de quilômetros.


         "LORRI vai fotografar o planeta", explica Alan. "Nós vamos usar as imagens para refinar a distância de Plutão da nave espacial, e em seguida, funcionar os motores para fazer as correções necessárias".
     No final de abril de 2015, a nave espacial estará tão próxima de Plutão que poderá registrar imagens melhores do que as feitas pelo Telescópio Espacial Hubble. A máxima aproximação acontecerá em julho de 2015, quando um novo mundo se abrirá para as câmeras da nave espacial. Para se ter uma idéia, se a New Horizons sobrevoasse a Terra na mesma altitude, poderia ver os edifícios e as suas formas individuais. "Este será um dos momentos mais emocionantes da era espacial, e estou muito ansioso", comenta Alan.

         "Já faz um bom tempo que a humanidade não tem uma experiência como essa (a de um encontro com um 'novo' planeta)", diz Alan. " Tudo o que avistarmos em Plutão será uma revelação".

         Alan compara a New Horizons com a Mariner 4, que passou por Marte em julho de 1965. Na época, muitas pessoas acreditavam que o Planeta Vermelho era um mundo relativamente calmo, com água e vegetação amigável à vida. Em vez disso, a Mariner 4 revelou um terreno baldio, desidratado e de beleza desértica. A aproximação de New Horizons com Plutão ocorrerá quase exatamente 50 anos depois de Mariner 4 sobrevoar Marte.

         Além de algumas fotos 'borradas' vistas de longe pelo Hubble, a paisagem de Plutão é totalmente inexplorada. Embora Plutão seja considerado um planeta anão, Alan comenta que esse longínquo corpo do Sistema Solar não é tão pequeno assim. " Se você dirigisse um carro em torno do equador de Plutão, o odômetro iria acumular quase 5.000 milhas, distância equivalente a uma viagem de Manhattan à Moscou". Tal viajante podería ainda encontrar gêiseres de gelo, crateras, nuvens, montanhas, vales e acidentes geográficos jamais vistos.

         "Há uma possibilidade real de que a New Horizons va descobrir novas luas, e talvez, anéis", diz Alan. Sim, Plutão pode ter anéis. Até gora, Plutão tem cinco luas conhecidas: CaronteStyxNix,Kerberos e Hydra. Simulações numéricas mostram que meteoróides podem atingir esses satélites, e poderia assim enviar detritos em órbita, formando um sistema de anéis que aumenta e diminui ao longo do tempo, de acordo com a frequência das colisões.

         "Estamos voando para o desconhecido", diz Alan, " e não se sabe o que podemos encontrar".

Fonte: NASA / Autor: Dr. Tony Phillips

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Buracos negros não existem?

A revista Nature News anunciou que não há buracos negros. Esta afirmação é feita por ninguém mais ninguém menos que Stephen Hawking. Mas isso significa então que não existem os buracos negros? Depende se a nova ideia de Stephen Hawking está ou não correta sobre o que ele se refere a buracos negros. A afirmação é baseada em um novo estudo, em que Hawking argumenta que o horizonte de eventos de um buraco negro não existe.



O horizonte de eventos de um buraco negro é basicamente o ponto em que não se pode mais escapar quando algo se aproxima de um buraco negro. Na teoria da relatividade geral de Einstein, o horizonte de eventos é o lugar onde o espaço e o tempo são tão distorcidos pela gravidade que você nunca poderia escapar. Cruze o horizonte de eventos e você só pode mover-se para dentro, nunca fora. O problema com um "horizonte de eventos de sentido único" é que ele nos levaria para o que é conhecido como "paradoxo da informação".
  O paradoxo da informação tem sua origem na termodinâmica, especificamente na segunda lei da termodinâmica. Em sua forma mais simples, pode ser resumido como " fluxos de calor de objetos quentes para objetos frios". Mas as leis são mais úteis quando expressas em termos de entropia. Deste modo, afirma-se que "a entropia de um sistema nunca pode diminuir". Muitas pessoas interpretam entropia como o nível de desordem de um sistema, ou a parte de um sistema inutilizável. Isso significaria que as coisas devem sempre se tornar menos úteis ao longo do tempo. Mas a entropia na verdade é o nível de informações necessárias para descrever um sistema. Um sistema ordenado (por exemplo mármores uniformemente colocados em uma grade) é fácil de descrever, porque os objetos têm relações simples entre si. Por outro lado, um sistema desordenado (mármores espalhados aleatoriamente) precisa de mais informações para descrever, porque não há um padrão simples para eles. Então, quando a segunda lei diz que a entropia nunca pode diminuir, é dizer que a informação física de um sistema não pode diminuir. Em outras palavras, a informação não pode ser destruída. Ficou complicado?
         Bom, o problema com o famoso horizontes de eventos é que você poderia atirar um objeto (com uma grande quantidade de entropia) em um buraco negro, e essa entropia 'iria embora'. Em outras palavras, a entropia do Universo iria ficar menor, o que violaria a segunda lei da termodinâmica. Claro que isso não leva em conta os efeitos quânticos, especificamente o que é conhecido como radiação Hawking , que Stephen Hawking propôs pela primeira vez em 1974.         A ideia original da radiação Hawking diz sobre o princípio da incerteza na teoria quântica. Na teoria quântica, existem limites para o que pode ser conhecido sobre um objeto. Por exemplo, você não pode conhecer a energia exata de um objeto. Devido a esta incerteza, a energia de um sistema pode variar de forma espontânea, enquanto a média se mantém constante. O que Hawking demonstrou é que perto do horizonte de eventos de um buraco negro, pares de partículas podem aparecer, quando uma partícula fica presa dentro do horizonte de eventos (reduzindo ligeiramente a massa do buracos negros), enquanto a outra pode escapar como radiação (levando embora um pouco da energia do buraco negro).
         Na formulação original de Hawking, as partículas aparecem de forma aleatória, de modo que a radiação que emana do buraco negro seja puramente aleatória, porém, a 'radiação de Hawking' ainda não permite que informações sejam recuperadas do buraco negro.
         Para que a radiação de Hawking consiga 'livrar' informações do buraco negro, a conexão desse emaranhado entre pares de partículas deve ser quebrada no horizonte de eventos, de modo que a partícula possa escapar em vez de ser envolvida com a matéria e sugada para dentro do buraco negro. A quebra desse 'emaranhado' original poderia fazer com que as partículas escapassem como uma "parede de fogo" na superfície do horizonte de eventos. Isto significa que qualquer coisa que caia em direção ao buraco negro não necessariamente seria sugada pelo buraco negro. Em vez disso, seja lá o que caísse lá, seria vaporizado de acordo com a 'radiação Hawking', assim que atingisse o horizonte de eventos.
         Então, se a informação física de um objeto é perdida quando ele cai em um buraco negro, leva ao "paradoxo da informação", e se o objeto é vaporizado no horizonte de eventos, temos o "paradoxo da parede de fogo".
         Neste novo documento, Stephen Hawking propõe uma abordagem diferente. Ele argumenta que, em vez da gravidade distorcer o espaço e o tempo em um horizonte de eventos, as flutuações quânticas da radiação Hawking criam uma turbulência naquela região. Então, ao invés de um horizonte de eventos, o buraco negro teria um 'horizonte aparente', que se parece com um horizonte de eventos, mas permite que a informação física escape do buraco negro. Stephen Hawking argumenta que a turbulência seria tão grande que a informação que escapa de um buraco negro seria alterada de modo irreversível.
         Se Stephen Hawking estiver certo, isso poderia resolver os paradoxos da informação e da parede de fogo que têm atormentado a física teórica. Os buracos negros ainda existiriam na astrofísica (aquele no centro da Via Láctea não vai desaparecer), mas eles não teriam o conhecido horizontes de eventos. Deve-se ressaltar que os documentos recentes de Stephen Hawking não foram revisados, e é carente em detalhes. Trata-se na verdade de uma apresentação de ideia, e não uma solução detalhada. Mais pesquisas são necessárias para determinar se essa ideia é a solução que todos estavam procurando.

Fonte: Universetoday
Imagens: Physics education group Kraus / Universität Hildesheim / Space Time Travel / Axel Mellinger / Stephen Hawking

domingo, 26 de janeiro de 2014

O buraco negro mais poderoso do Universo?


Astrônomos usaram o Observatório de Raios-X Chandra da NASA e um  conjunto de outros telescópios para revelar um dos mais  poderosos buracos negros conhecidos. O buraco negro tem criado  enormes estruturas de gás quente ao seu redor, impedindo a  formação de trilhões de estrelas.

Este monstro está em um  
aglomerado de galáxias chamado RX J1532.9 3021, localizado a  cerca de 3,9 bilhões de anos-luz da Terra. O aglomerado é muito  brilhante nas ondas de raios-X, o que implica que é extremamente  grande, com uma massa de cerca de um quatrilhão de vezes a massa  do nosso Sol. No centro do aglomerado há uma grande galáxia  elíptica, que contém o buraco negro supermassivo.
         O que está impedindo a formação de um grande número de estrelas  em RX J1532 ? As imagens do Observatório de Raios-X Chandra e  Karl G. Jansky Very Large Array do NSF (VLA) têm fornecido uma  resposta para esta pergunta. A imagem de raios-X mostra duas  grandes cavidades no gás quente em ambos os lados da galáxia  central. A imagem do Chandra foi especialmente processada para  enfatizar essas cavidades. Ambas as cavidades estão alinhadas  com jatos observados em imagens de rádio do VLA. A localização  do buraco negro supermassivo entre as cavidades é uma forte  evidência de que os jatos supersônicos gerados pelo buraco negro  perfuram o gás quente e o empurra para os lados, formando as  cavidades.

         As 'frentes de choque' (semelhantes aos estrondos sônicos)  provocadas pelas cavidades em expansão e pela liberação de  energia por ondas sonoras que reverberam através do gás quente  fornecem uma fonte de calor que impede que a maior parte do gás  forme novas estrelas.

         As cavidades têm aproximadamente 100.000 anos-luz de diâmetro,  igual à largura da Via Láctea. A cavidade mais distante também é  vista em um ângulo diferente em relação aos jatos, ao longo de  uma direção norte-sul. Esta cavidade foi provavelmente produzida  por um jato de uma explosão mais antiga do que o próprio buraco negro.

Fonte: Dailygalaxy 

Confirmado: cientistas europeus descobrem água em planeta anão

Dados registrados pelo do telescópio espacial Herschel mostraram que o planeta anão Ceres não é apenas uma grande rocha no cinturão de asteroides. Segundo os pesquisadores, o objeto revela nuvens de vapor de água quando partes de sua superfície gelada se aquecem.


Planeta anão Ceres
Essa é a primeira detecção positiva da existência de vapor de água em um objeto localizado no cinturão de asteroides. Até agora, a existência de água em Ceres era apenas uma teoria, já que a detecção conclusiva não havia ocorrido.
A confirmação de água no planeta anão foi obtida com base em imagens em infravermelho feitas pelo telescópio espacial europeu Herschel, cujas análises luminosas revelaram a clara assinatura espectral típica do vapor de água.
Apesar da detecção inequívoca, os dados não mostraram a assinatura espectral em todas as observações, mas apenas quando Ceres estava no ponto da orbita mais próximo do Sol. De acordo com os cientistas, quando Ceres está no periélio, cerca de 6 kg de vapor por segundo escapam de sua superfície. Quando está distante, não acontece a evaporação.
A detecção de água em Ceres veio em boa hora, já que a sonda estadunidense Dawn deve chegar ao planeta anão em 2015, onde fará imagens em close de sua superfície.
O trabalho sobre a descoberta de água em Ceres foi publicado esta semana na revista Science e tem como principal autor o cientista Michael Küppers, da Agência Espacial Europeia, na Espanha.

Ceres

Até o século passado, Ceres era conhecido como o maior asteroide em nosso sistema solar, mas foi reclassificado como planeta anão em 2006 devido ao seu grande tamanho, com cerca de 950 km de diâmetro.
A primeira vez que os astrônomos viram Ceres foi em 1801, quando se imaginou que o objeto era um planeta que orbitava entre Marte e Júpiter. Mais tarde, outros corpos objetos semelhantes foram encontrados, o que culminou com a descoberta de um gigantesco cinturão de asteroides entre a órbita dos dois planetas.

Arte: Concepção artística mostra o planeta anão Ceres dentro do cinturão de asteroides. No detalhe, a detecção de água feita em 11 de outubro de 2011. Créditos: ESA, Apolo11.com.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Olhe pro céu e veja como ele é lindo!

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Com o retorno das aulas na Universidade Estadual do Ceará (UECE), o Observatório Otto de Alencar traz mais uma sessão de observação amanhã, sexta-feira, dia 24, das 18h às 21h.
O evento será composto de observação de planetas e aglomerados de estrelas e também de palestras e aulas sobre constelações. É uma experiência inesquecível.
A equipe de organização conta com Luidhy Santana (bolsista CNPq), Diego Max (bolsista FUNCAP), Felipe Neres (bolsista IC-UECE) e a equipe de voluntários do Grupo de Estudos de Astronomia da UECE (GEA-UECE).

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Supernova brilhante na M82

Com uma magnitude de 11.0, a supernova é bastante brilhante,e se encontra na famosa irregular galáxia M82,fora da Ursa Maior. É fácil de ver em telescópios amadores durante à noite.
Supernova in Messier 82
Supernova in Messier 82

M82 é uma vizinha próxima,  uma distância de 11 ou 12 milhões de anos-luz. É a favorita de astrônomos amadores e pesquisadores, com suas bandas espessas de poeira, sprays de gás e centro brilhante passando por formação de estrelas massivas. A supernova não está na região central de formação de estrelas, mas na lateral, 58 segundos de arco, a oeste-sudoeste.Vários observadores  informaram que ela teria por volta de magnitude 11,5, com uma cor 
laranja do lado do branco.
Notavelmente, a supernova foi descoberto durante uma semana, uma vez que se iluminou. Imagens CCD não filtradas por K. Itagaki de Yamagata, Japão, não mostram nada em seu local de magnitude muito baixa, de 17,0 até 14 de janeiro. Mas em 15 de janeiro a magnetude foi de14,4, em 16 de janeiro foi de 13,9; no dia 17 de janeiro foi de 13,3; 19 de janeiro foi de 12,2, e 20 de janeiro de 11.9.

Os primeiros a reconhecer a supernova, tanto quanto sabemos, eram uma equipe de estudantes de ensino assistido por colega Stephen J. Fossey na Universidade de Londres Observatory (dentro dos limites da cidade de Londres!).Em uma imagem que teve na noite de 21 de janeiro, hora local.  Eles estão a chamando de, ''a supernova mais próxima desde Supernova 1987A na Grande Nuvem de Magalhães''.

O par de galáxias M81-M82, 2/3 ° entre si, encontram-se em uma região escura fora da Ursa Maior.




Topo: A supernova em M82 e o Antes e depois do espetáculo da estrela que explodiu com magnitude 11.3.
Fonte: 
skyandtelescope.


Rosetta: entenda como será a aterrissagem da sonda no cometa

    Após 10 anos no espaço, a nave Rosetta se aproxima de seu destino final: o cometa 67P/Churyumov - Gerasimenko. A sonda Rosetta e a sonda exploradora Philae serão as primeiras sondas da história a orbitar e aterrissar em um cometa. Philae foi projetada para concluir a pioneira missão de aterrissar no solo de um cometa, adquirir amostras e fazer experimentos.


Rosetta - O Orbitador
         Será a primeira sonda de toda a história da exploração espacial a orbitar um cometa. Parte da missão consiste em catalogar os elementos existentes na poeira do cometa. Uma missão anterior, apesar de não ter orbitado um cometa, coletou poeira do mesmo, que após analisada, foi constatado que haviam partículas de matéria orgânica, que são os blocos primordiais da vida.

  • Dimensões: 2.8 / 2.1 por 2 metros
  • Envergadura dos painéis solares: 32 metros
  • Peso total do lançamento, incluindo a sonda Philae: 3.000 Kg

     

    Philae - O Pousador 
             A sonda Philae recebeu o nome de uma ilha localizada no rio Nilo, em português chamada de Ilha Filas ou Ilha File. O núcleo do cometa possui gravidade muito baixa, portanto, a sonda está adaptada com arpões e parafusos de gelo, para assegurar sua estabilidade na superfície do cometa.

    • Dimensões: 0.8 por 1 metro
    • Peso: 100 Kg
    • Carga científica: 10 instrumentos



      Rosetta - Os 10 anos da missão
               Rosetta rodeou o Sistema Solar para cumprir com seu trajeto. A nave espacial passou pelos planetas Terra e Marte, usando a gravidade deles para "estilingar-se", adquirindo impulso para seguir seu caminho. Rosetta passou pelos asteróides Steins e Lutetia, quando fez algumas análises dos mesmo, mas o seu destino final e principal é o cometa 67P/ Churyumov - Gerasimenko. O encontro deve ocorrer no próximo mês de maio.



      Fonte: Space
      Créditos: ESA / JPL / NASA / Space
      Imagem: ESA

Eclipse lunar total em 15 de abril de 2014

eclipse lunar previsto para abril de 2014 vai chamar a atenção porque será completamente visível em todos os lugares do Brasil. Diferente do último, a Lua não estará próxima do horizonte – mas bem alta – o que facilitará a observação de todas as suas etapas. Em setembro de 2015, outro eclipse lunar total presenteará os brasileiros com uma visão completa do fenômeno.
 
Sequência do eclipse da lua visto em Belgrado, Sérvia
Para que ocorra um eclipse, Terra, Lua e Sol devem estar alinhados. Dependendo da ordem dos astros, o resultado é um eclipse solar (com a Lua entre o Sol e a Terra) ou um lunar (a Terra entre o Sol e a Lua). Eclipses podem ser totais, parciais ou penumbrais. O eclipse lunar total, como o de hoje, ocorre quando a Lua fica completamente dentro do cone de sombra da Terra. O eclipse parcial acontece quando apenas parte da Lua é obscurecida pelo cone de sombra. O penumbral, quando a Lua entra numa região de transição entre luz e sombra, ao redor do cone, com iluminação apenas parcial do Sol.
Repetição - Se as órbitas da Terra (em torno do Sol) e da Lua (em torno da Terra) estivessem no mesmo plano, teríamos eclipses solares em todas as luas novas e eclipses lunares em todas as luas cheias. Mas não: os planos orbitais terrestre e lunar estão inclinados cerca de 5 graus. Assim, durante os 28 dias de seu giro em torno da Terra, a Lua só atravessa o plano orbital terrestre duas vezes. É a chance de ocorrer uma eclipse, mas para tanto é necessário o alinhamento do Sol ao sistema Terra-Lua, o que acontece no máximo sete vezes ao ano.
Eclipses repetem-se com uma regularidade estudada há milhares de anos na Babilônia e na China. Esta regularidade é conhecida como ciclo de Saros, termo cunhado pelos caldeus, que significa, justamente, "repetição", e que leva em conta as posições da Terra e da Lua em relação a suas órbitas e a distância entre os astros. A "repetição" exata, com Sol, Terra e Lua ocupando as mesmas posições, só acontece de 18 em 18 anos aproximadamente.
Calendário - De acordo com as estimativas da Nasa, a agência espacial americana, os próximo eclipses totais da Lua poderão ser observados em:
- 15 de abril de 2014 (Austrália, Pacífico e Américas)
- 28 de setembro de 2015 (Pacífico, Américas, Europa, África e Ásia)
- 31 de janeiro de 2018 (Ásia, Austrália, Pacífico, América do Norte)
- 27 de julho de 2018 (América do Sul, Europa, África, Ásia e Austrália)
- 21 de janeiro de 2019 (Pacífico, Américas, Europa e África)



Topo:
Sequência do eclipse da lua visto em Belgrado, Sérvia - Marko Drobnjakovic/AP

Japoneses testarão novo método de limpeza do lixo espacial


 Cientistas japoneses estão se preparando para lançar um teste de 'limpeza espacial', de acordo com informações da imprensa.

     

    Os pesquisadores da Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA) estão desenvolvendo uma 'corda eletrodinâmica', projetada para gerar eletricidade que deve diminuir a velocidade dos detritos espaciais, de acordo com um relatório da Agence France Presse. O lixo espacial desacelerado deve cair em órbitas cada vez mais baixas, até queimarem na atmosfera sem causar danos na Terra.
Os cientistas estão planejando lançar um satélite no dia 28 de fevereiro, que irá testar uma parte do sistema. "Temos dois objetivos principais para os próximos meses", disse Masahiro Nohmi, professor associado da Universidade de Kagawa que está trabalhando com a JAXA no projeto. "O primeiro objetivo é estender uma 'corda' de 300 metros em órbita, e em segundo lugar, observar a transferência de eletricidade".
         "O experimento é projetado especificamente para contribuir no desenvolvimento de um método na limpeza de detritos espaciais", disse Masahiro.
         Os cientistas não planejam capturar detritos durante essa primeira faze de testes, e explicam que isso poderá ser um objetivo futuro. A AFP relata também que a JAXA poderá lançar um outro 'teste de corda' em 2015.

O perigo do lixo espacial

 No dia 4 de outubro de 1957, a União Soviética lançou o primeiro satélite artificial chamado Sputnik 1, e desde então, não paramos de enviar sondas, naves espaciais e testes de vários tipos na órbita da Terra.
         Veículos lançadores, satélites inoperantes e várias peças se movimentam rapidamente ao redor da Terra, e são os principais constituintes do lixo espacial, que ameaçam todas as naves espaciais ativas. Em 1996, um satélite francês foi danificado por detritos de um foguete que tinha explodido 10 anos antes. De acordo com a NASA, um teste chinês 'anti-satélite', lançado em 2007, introduziu mais de 3.000 detritos no espaço, contribuindo ainda mais para o volume do lixo espacial.
         Em setembro de 2013, os oficiais da NASA estimaram que há mais de 500 mil detritos do tamanho de uma bola de gude ou maior que orbitam a Terra. Mais de 20.000 pedaços de lixo espacial são maiores do que uma bola de beisebol, mas existem outros milhões que são pequenos demais para acompanhar, informaram os oficiais da NASA.
         Além da ideia atual, os cientistas também planejam outros métodos para a limpeza do espaço. CleanSpace One é uma nave espacial desenvolvida pela empresa Swiss Space Systems, e é projetado para colocar os satélites em um mergulho na atmosfera da Terra. A sonda robótica Phoenix iria reutilizar peças de satélites abandonados e usá-las em novas operações espacias.

topo: 
Réplica do satélite Sputnik 1, que foi lançado em outubro de 1957.

Essa réplica está armazenada no Museu National Air and Space.
Créditos: NASA / NSSDC / Wikimedia Commons
Fonte: Space 
Imagem: NASA's Goddard Space Flight Center / JSC / NASA / NSSDC

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Planetas gigantes podem estar se formando surpreendentemente longe de estrela-mãe

 Exoplanetas podem estar se formando a partir de um gigantes disco de gás. Até aí tudo bem. Porém, o que os cientistas estranham é o fato de que essa formação está ocorrendo muito, muito longe da jovem estrela-mãe.

         A poeira e o gás ao redor da estrela HD 142527 observadas pelo ALMA
              (em vermelho e verde) e pelo telescópio NAOJ Subaru próximas do
              infravermelho (em azul). A poeira está concentrada na parte
              superior da imagem.

A região de formação planetária está tão longe de sua estrela (cerca de cinco vezes a distância entre o nosso Sol e Netuno) que parece ser a primeira vez que os pesquisadores observam tamanha distância no nascimento de planetas.
         Astrônomos japoneses viram o disco de formação de planetas gigantes ao estudar novas imagens da estrela chamada HD 142527, feitas pelo Observatório Atacama Large Millimeter / submillimeter, ALMA, no deserto chileno. Eles criaram uma animação de vídeo para ilustrar o estranho nascimento dos planetas gigantes. A estrela responsável por essa formação está localizada a cerca de 450 anos-luz de distância da Terra, e tem cerca de 2 milhões de anos.Os poderosos rádio telescópios do ALMA oferecem aos astrônomos a oportunidade de observar fenômenos cósmicos que normalmente são invisíveis. Ao detectar o espectro em comprimentos de onda muito curtos, no milímetro e submillimetro, o ALMA pode detectar as nuvens de gás e poeira onde novas estrelas estão se formando, assim como os discos de detritos em torno dessas estrelas, onde se formam os planetas.As novas observações do ALMA sobre a estrela HD 142527 mostram que a mesma está rodeada por poeira cósmica, onde se formam os planetas. Pode-se observar ainda, um ponto brilhante no lado norte do disco, com emissão no submilímetro cerca de 30 vezes mais forte do que a emissão do lado sul.  "Estamos muito surpresos com o brilho do lado norte", comenta Misato Fukagawa, professor assistente na Universidade de Osaka. "Eu nunca vi um 'nó' tão brilhante em uma posição tão distante. Essa forte emissão pode ser interpretada como uma grande quantidade de material acumulado. Ao verificarmos essa grande quantidade de material se aglutinando, podemos deduzir que planetas ou cometas estão sendo formados ali'.
 
         Misato Fukagawa e seus colegas acreditam que, se o disco tem uma proporção de poeira e gás (1 a 100) comparável a outros sistemas solares, então planetas gigantes de gás várias vezes mais massivos do que Júpiter podem estar se formando no disco. Mas se este ponto denso no disco tem uma proporção maior de poeira, pode originar planetas rochosos como a Terra e corpos menores, como cometas.
 
Créditos: ALMA / ESO / NAOJ / NRAO / Fukagawa

Sonda europeia Rosetta despertou

Sonda Rosetta acorda e ruma em direção ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko 
A agência espacial Europeia, ESA, reestabeleceu contato com a sonda Rosetta, a 807 milhões de km da Terra, rompendo um silêncio de quase três anos desde que o veículo entrou em processo de hibernação
.
Engenheiros da ESA comemoram a aquisição de sinal emitido pela sonda Rosetta
Os sinais de beacon foram recebidos simultaneamente pela antena de 70 metros de Goldstone, da NASA e pela antena de 30 metros, de Camberra, na Austrália.
Cerca de 30 minutos após a confirmação de que a nave estava de volta à ativa, a equipe de controle da missão, localizada em in Darmstadt, na Alemanha, enviou os primeiros comandos ao computador de bordo solicitando informações sobre o estado de saúde de Rosetta.
No primeiro momento esses beacons não durarão mais que alguns segundos e também não enviarão qualquer dado, mas serão fundamentais para informar aos controladores que Rosetta acordou de um sono profundo e está pronta para receber comandos do centro de controle da missão.
Spike mostra o momento em que a nave Rosetta saiu do estado de hibernação
O gráfico mostra a tela do receptor de rádio onde se vê o "spike" na banda-S que todos aguardavam ansiosamente e que indicava que a sonda havia saído do estado de hibernação.

Crédito: Apolo11.com .

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Encontrado planeta orbitando uma estrela irmã gêmea do Sol

        A equipe usou o 'caçador de planetas' HARPS no telescópio de 3,6 metros do Observatório Europeu do Sul (ESO), em La Silla. Estes resultados foram complementados com observações de vários outros observatórios ao redo do mundo. 88 estrelas do aglomerado Messier 67 foram selecionadas e monitoradas ao longo de um período de seis anos, enquanto se observava os pequenos movimentos que revelam a presença de planetas em órbita.

Foto do aglomerado aberto Messier 67

         Este aglomerado de estrelas encontra-se a cerca de 2.500 anos-luz de distância, na constelação de Cancer (o Caranguejo), e contém cerca de 500 estrelas. Muitas das estrelas desse aglomerado são muito mais fracas do que as estrelas que o HARPS normalmente estuda, fazendo com que ele trabalhasse em seu limite.
         O primeiro destes planetas orbita uma estrelá notável, que tem a maior semelhança com o Sol já identificada, sendo quase idêntica, portanto, é considerada uma irmã gêmea.
         É a primeira gêmea do Sol, e foi encontrada em um aglomerado, e ainda possui um planeta orbitando ao seu redor. São grandes descobertas! Gêmeos solares, análogos ou tipo solar são categorias de estrelas de acordo com suas semelhanças com o Sol. Gêmeos solares são as estrelas mais semelhantes ao Sol, pois elas têm massas, temperaturas e abundâncias químicas muito semelhantes. Gêmeos solares são muito raros, já as outras classes, onde a semelhança não é tão precisa, são muito mais comuns.    "Estes novos resultados mostram que planetas em aglomerados estelares abertos são tão comuns como em torno de estrelas isoladas, porém, são mais difíceis de serem detectados", acrescenta Luca Pasquini (ESO, em Garching, Alemanha), co-autor do estudo. "Os novos resultados estão em contraste com trabalhos anteriores que não conseguiram encontrar planetas em aglomerados, mas está de acordo com algumas outras observações mais recentes. Continuaremos a observar este aglomerado para verificar como as estrelas com ou sem planetas diferem entre si no quesito massa e composição química".

Fonte: ESO / Dailygalaxy Créditos da foto:SDSS

Nasa divulga nova imagem da nebulosa de Orion

Aglomerado fica a 1.500 anos-luz de distância.
Imagem foi captada pelo telescópio espacial Spitzer.

Imagem da Nasa mostra a nebulosa de Orion (Foto: NASA/JPL-Caltech/Divulgação)
A  NASA divulgou  uma imagem capturada pelo telescópio espacial Spitzer da Nebulosa de Orion, localizada a cerca de 1.500 anos-luz de distância. Com ajuda de raios infravermelhos, o telescópio conseguiu captar imagens e cores de astros de 40 anos-luz de toda a região.Os pontos em vermelho revelam as estrelas em processo de formação, enquanto que a parte mais brilhante da nebulosa mostra o Trapézio Cluster, onde ficam as estrelas jovens de Orion.

Imagem da Nasa mostra a nebulosa de Orion (Foto: NASA/JPL-Caltech/Divulgação)Fonte:G1

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Confirmada a descoberta do primeiro cometa brasileiro

Ao que tudo indica, o dia 16 de janeiro entrará para a história da astronomia brasileira. Utilizando um telescópio instalado no interior de Minas Gerais, um grupo de brasileiros conseguiu detectar e confirmar a descoberta do primeiro cometa brasileiro.

Cometa Brasileiro C/2014 A4 SONEAR


Batizado de C/2014 A4 SONEAR, o objeto foi descoberto pelos astrônomos brasileiros Cristovão Jacques, Eduardo Pimentel e João Ribeiro de Barros a partir de imagens feitas no dia 12 de janeiro de 2014. Os registros foram obtidos através de um telescópio de 450 milímetros instalado no observatório SONEAR, localizado na cidade mineira de Oliveira.
A detecção do objeto foi primeiramente submetida à União Astronômica Internacional, IAU, e diversos pesquisadores, amadores ou profissionais, passaram a estudar e fazer as medições (astrometria) do novo objeto antes que a descoberta fosse confirmada.
Em 13 de janeiro, um dia após a detecção inicial, os astrônomos Ernesto Guido, Nick Howes e Martino Nicolini, ligados ao Observatório Remanzacco, na Itália, coletaram 19 imagens a partir de um telescópio robótico instalado em Siding Spring, na Austrália, confirmando a existência de uma pequena coma ligeiramente elongada no sentido norte-este.
Outra série de 25 exposições feitas no dia 14 de janeiro também confirmou que o objeto descoberto era de fato um cometa, com uma difusa coma de 8 arcosegundos de diâmetro.
Finalmente, após 3 dias de observações, em 16 de janeiro de 2014 a União Astronômica Internacional confirmou a descoberta dos astrônomos brasileiros, batizando oficialmente de C/214 A4 SONEAR o primeiro objeto desse tipo descoberto no Brasil.
De acordo com os recentes elementos orbitais, C/214 A4 SONEAR é um cometa de orbita parabólica, provavelmente originado na nuvem de Oort. Quando detectado, se encontrava a cerca de 5.68 UA da Terra e 6.33 UA do Sol. (UA=Unidade Astronômica, equivalente a cerca de 149.5 milhões de km). Sua orbita é altamente inclinada em 121 graus e atingirá o periélio em 11 de setembro de 2015, quando passará a 3.82 AU do Sol, cerca de 571 milhões de quilômetros.
A descoberta do cometa foi feita a partir de imagens coletadas com câmera CCD acoplada a um telescópio de 450 milímetros de diâmetro, cujo espelho também foi fabricado no Brasil, pelo especialista em óptica Sandro Colleti.

Foto: Imagem feita pelos astrônomos Ernesto Guido, Nick Howes e Martino Nicolini mostram o cometa C/2014 A4 SONEAR em 14 de janeiro de 2014. Crédito: Observatório Remanzacco, Apolo11.com.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Uma chuva de meteoros do cometa ISON?

         O tão aclamado "cometa do século", o cometa C/2012 S1 ISON não seguiu sua jornada como todos esperavam, e o grande espetáculo que ele poderia causar nos céus não aconteceu... Bom, ISON ainda pode ter mais um 'truque-cósmico nas mangas'. Nessa semana, poderemos ter privilégio de observar uma chuva de meteoros originária dos fragmentos de ISON.
         O cometa ISON não cansa de estar na mira dos holofotes, ou melhor, dos observadores da Terra. Desde o início, logo quando vimos a desintegração de ISON, já se falava de uma possível chuva de meteoros que poderia iluminar o céu noturno, porém, é quase impossível prever a intensidade de uma chuva sem um histórico, afinal, essa seria a primeira, e talvez a última chuva de meteoros do cometa ISON.
         O que sabemos é: ninguém verá nada... se não tentar. Se alguma chuva de meteoros de ISON vier a acontecer, será na noite do dia 15 para o dia 16 de janeiro.  Isso ocorre porque a Terra vai atravessar o plano orbital do caminho de ISON, por volta das 02h00 UT (11h00 do dia 15 no horário de Brasília). No ano passado, ISON passou a 3.300 mil km da órbita da Terra, e no início de 2013, estimava-se que ISON deixava um rastro de poeira a uma taxa de aproximadamente 51.000 Kg por minuto.radiante onde quaisquer fragmentos de ISON poderiam surgir, fica próximo da estrela Eta Leonis, constelação de Leão. Robert Lundsford da Sociedade Americana de Meteoros informou em uma postagem recente que qualquer meteoro relacionado ao cometa ISON entraria em nossa atmosfera com velocidade aproximada de 51 quilômetros por segundo, com uma duração visível de menos de um segundo.
       Devemos nos lembrar que teremos a Lua Cheia na mesma noite. A possível chuva de meteoros de ISON deve acontecer na constelação de Leo (Leão), e a Lua Cheia estará na constelação de Gemini (Gêmeos). Apenas 32 graus de distância do possível radiante! Apesar de ser a Mini-Lua de 2014, ainda assim, ela deve ofuscar bastante.
         Mesmo com todos esses empecilhos, observar um último show proveniente de ISON seria fantástico.Como se não bastasse, pesquisadores calculam que no dia 24 de maio a Terra poderá encontrar detritos deixados pelo cometa 209P LINEAR. Essa seria uma outra chuva de meteoros surpreendente... porém, só nos resta esperar.Fonte: Universetoday 
Imagem: Stellarium. Na image, veja o local onde os meteoros poderão se originar.

Mini-Lua de 2014

   As circunstâncias para a " Mini -Lua de 2014 " são excepcionais. A primeira Lua Cheia do ano ocorre na noite de 16 de Janeiro, às 04h52 do horário universal (UT). Será apenas 2 horas e 59 minutos após a Lua atingir o apogeu, quando estará a 406.536 km de distância da Terra. Esse não será o apogeu mais distante do ano de 2014, mas é quase, pois a Lua estará apenas 32 Km mais próxima do que no dia 28 de julho de 2014. O apogeu pode variar de 404 mil para 406,7 mil km, e o apogeu deste mês será apenas 164 quilômetros mais próximo do que o apogeu mais distante.
 
      Este ano, a Mini-Lua acontece muito próxima do horário exato do apogeu. A última vez que essa "coincidência" foi superada, foi na Lua Cheia de 18 de novembro de 1994! E a próxima Mini-Lua que irá superar essa de 2014 só acontecerá em 13 de maio de 2052! A Lua terá um tamanho aparente de apenas 29 '23 " na noite de quarta-feira, lembrando que seu valor mínimo é de 29 ' 18 ". Isso é quase 5 minutos de arco menor do que a maior " Super-Lua" possível.
E a Super-Lua?

         Bem, em 2014 teremos três Luas Cheias que coincidirão com o perigeu, a partir de 15 de julho e terminando no dia 8 de setembro. A Super-Lua mais notável de 2014 será no dia 10 de agosto, quando o perigeu acontece 27 minutos antes do total da Lua Cheia.
Fonte: Universetoday e Galeria do meteorito 

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Sonda europeia deve pousar sobre cometa 67P/CG neste ano

No próximo dia 20 de janeiro a sonda espacial Rosetta deverá sair do estado de hibernação e iniciar a fase final de aproximação do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. A sonda deverá orbitar e lançar sobre o cometa um pequeno robô de 100 quilos que pousará na superfície gelada.
 
Lançada em março de 2004 a partir da base de Kourou, na Guiana Francesa, a sonda Rosetta está programada para atingir seu objetivo em agosto de 2014, quando passará a orbitar o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko a uma altitude mínima de apenas 25 km.

Após estudar o cometa e encontrar um local adequado, a nave europeia lançará em direção a 67P/CG o robô Philae, de 100 quilos, que estudará o cometa a partir de sua superfície. O pouso do robô está programado para novembro de 2014 e segundo os responsáveis pelo projeto, essa é a mais complexa exploração de um cometa jamais vista.
Desde que foi lançada, Rosetta já orbitou o Sol por cinco vezes. Em setembro de 2008 a nave sobrevoou o asteroide 2867 Steins e em julho de 2010 atingiu as proximidades do asteroide 21 Lutetia.
Para atingir seu objetivo a sonda recebeu algumas "estilingadas gravitacionais" da Terra e de Marte, que a ajudaram a ganhar velocidade. A primeira vez foi em 4 de março de 2005, quando nosso planeta estilingou a sonda em direção a Marte, que a mandou de volta em 25 de fevereiro de 2007.
Sonda Rosetta
O Cometa
O cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko tem um núcleo de 4 quilômetros de largura e orbita o Sol a cada 6.6 anos. Em seu afélio, ponto de maior afastamento do Sol, sua distância chega a atingir 857 milhões de quilômetros, enquanto seu periélio, menor distância da estrela, é de 186 milhões de quilômetros, um pouco mais que a distância da Terra ao Sol.
O cometa foi descoberto em 1969 por Konstantin Churyumov, da Universidade de Kiev, na Ucrânia e seu colega S. Gerasimenko, do Instituto de Astrofísica do Tadjiquistão.
Uma vez liberada a sonda, a nave Rosetta passará dois anos orbitando o cometa, que retorna em direção ao Sol. Ao mesmo tempo a nave que recebe os dados enviados de sua superfície.
A missão termina em dezembro de 2015, após a nave passar novamente próximo à Terra e ter completado 4 mil dias no espaço.
Artes:Concepção artística mostra a sonda em órbita do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Créditos: ESA, Apolo11.com.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Tempestade atinge a Terra e causa auroras no hemisfério norte

A ejeção de massa coronal lançada ao espaço no último dia 7 não foi tão forte e não elevou o índice KP a níveis extremos como o previsto, mas provocou belas auroras polares nas regiões de latitudes mais altas do planeta.
Aurora Boreal na Noruega
O choque das partículas foi bem mais fraco do que o previsto pelos modelos matemáticos, que mostravam um impacto quase frontal da massa coronal. Algumas previsões alertavam para uma elevação intensa do índice KP, que poderia chegar até o nível 8, capaz de causar problemas graves em sistemas de distribuição de energia em localidades do hemisfério norte.Embora a intensa ejeção de massa coronal (CME ) não tenha provocado uma tempestade geomagnética intensa, foi capaz de disparar uma série de auroras polares em diversas regiões do extremo norte da Europa e circulo polar ártico, como Noruega, Suécia e Finlândia.Apesar de o impacto ter sido pouco intenso, a tempestade geomagnética ainda está em andamento e o índice KP, que mede a instabilidade da ionosfera, ainda pode se elevar nas próximas 24 horas.

Arte: Maravilhosa aurora boreal registrada em Tromsø, Noruega, em 9 de janeiro de 2014. O evento foi provocado pelo choque das partículas carregadas, ejetadas da região ativa AR1944. Crédito: Harald Albrigtsen, Apolo11.com.