O coração, que foi formado muito provavelmente através de atividade vulcânica foi flagrado ao sul do enorme vulcão escudo Ascraeus Mons e mede aproximadamente 200 metros de diâmetro (um pouco menor do que dois campos de futebol). O local possui várias camadas e se eleva acima da paisagem a seu redor. "Talvez essa região seja uma antiga estrutura de ventilação, uma abertura no solo a partir do qual emergia lava vulcânica, e que tem sido mais resistente à erosão do que a área ao seu redor", comenta o cientista planetário Ramy El- Maarry.
A inversão topográfica ou terreno invertido que podemos observar nessa imagem ocorre muitas vezes quando áreas de depressão de uma paisagem são cobertas por lava ou por sedimentos, que ao longo do tempo, endurecem em materiais que são mais resistentes à erosão do que os materiais que os cercam.
A erosão que acontece nessas regiões, remove o material menos resistente, deixando intacto o material resistente, que pode parecer com um cume onde anteriormente havia um vale, ou nesse caso, um morro, onde antes havia um buraco ou depressão.
Os cientistas responsáveis pela HiRISE pretendem criar um modelo digital do terreno que irá avaliar ainda mais a estrutura, com medições mais precisas de sua altura e inclinação de suas encostas.
Esse não foi o primeiro coração encontrado na superfície marciana, e ao que parece, também não será o último.
Mais corações em Marte
Corações em Marte. Imagens feitas pela sonda MRO. Créditos: NASA / JPL Clique para ampliar |
Pareidolia
Segundos os especialistas, a pareidolia é um fenômeno psicológico que se refere a tendência que o cérebro humano tem de perceber formas familiares em imagens vagas e aleatórias. É como se o cérebro nos mostrasse algo que não existe toda vez que ele não encontra uma lógica para alguma forma ou imagem.
Outros exemplos de pareidolia são as dezenas de formas e desenhos que encontramos nas nuvens, ou então, já que estamos falando de Marte, as várias fotos de rostos, pirâmides e animais encontradas na superfície do Planeta Vermelho. Como já foi dito, essa não foi a primeira... e também não será a última.
Fonte: NASA
Imagens: NASA / JPL-Caltech / HiRISE / MRO
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