segunda-feira, 21 de abril de 2014

Câmera registra explosão causada por meteoro em cidade na Rússia

Incidente ocorreu durante a madrugada na cidade de Murmansk.
Autoridades não registraram danos ou vítimas após incidente.
Explosão causada por meteorito foi registrada por câmeras colocadas em carros na cidade de Murmansk, na Rússia (Foto: Reprodução/YouTube/9plus0)
Uma explosão no céu causada provavelmente por um meteoro deixou assustados os moradores da cidade de Murmansk, extremo norte da Rússia, e iluminou a madrugada do dia 19 no local.A câmera instalada em um veículo registrou o momento em que um clarão azulado bastante forte apareceu no céu, por volta das 2h10 na cidade (18h10 de sexta-feira pelo horário de Brasília. Assista ao vídeo aquiDe acordo com a emissora russa “RT”, as autoridades não confirmaram se os fragmentos teriam atingido o solo, e os serviços de emergência afirmaram que não houve registros de danos ou feridos devido ao episódio.Como não houve confirmação a respeito da aterrissagem dos fragmentos do solo, o corpo celeste ainda está sendo chamado de meteoro, e não de meteorito.A explosão relembrou o incidente ocorrido em fevereiro de 2013 na cidade de Chelyabinsk, na região dos Montes Urais, também na Rússia.Na época, moradores da cidade olharam assombrados para o céu e muitos pensavam que tinha começado uma guerra nuclear. Na verdade, era um asteroide rasgando os céus, provocando uma chuva de meteoritos. Capturada por muitas câmeras de vídeo, a explosão do asteroide que aconteceu em 15 de fevereiro de 2013 deixou em pedaços as vidraças de muitas janelas e a luz ultravioleta gerada foi tão intensa que mais de vinte pessoas sofreram queimaduras na pele.Uma das peças do meteorito, encontrada em um lago, pesava mais de 570 kg.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Atividade Solar

Imagens do eclipse lunar de terça-feira

O continente americano viu nesta terça-feira (15) um eclipse lunar conhecido como "Lua de sangue", quando o nosso satélite natural fica na sombra da Terra em relação ao Sol e ganha um tom avermelhado.
No Brasil, esse eclipse total pôde ser visto desde as 3h, por cerca de 78 minutos, de diferentes partes do país, principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste.
Os eclipses totais da Lua, quando o satélite cruza o cone de sombra da Terra, são pouco frequentes – o último ocorreu no dia 10 de dezembro de 2011. A última vez que aconteceu uma série de quatro eclipses lunares totais foi entre 2003 e 2004, segundo a agência espanhola EFE.Progressão do eclipse lunar total visto em Miami, nos EUA. (Foto: Joe Raedle / Getty Images / AFP Photo)
Eclipse lunar é visto em Brasília (Foto:  Ueslei Marcelino/ Reuters)
Misael Bandeira, de Candelária (RS), ficou acordado até mais tarde para registar a Lua de Sangue (Foto: Misael Bandeira/VC no G1)
Eclipse lunar visto da cidade de Guadalajara, no México (Foto: AFP)

Chance de explosões solares direcionadas para a Terra

  Um amplo conjunto de quatro manchas solares situadas no equador do Sol está apontado diretamente para a Terra.
         Cada uma das regiões ativas (circuladas na imagem abaixo) tem um campo magnético 'beta-gama",  e possuem energia suficiente para gerar grande erupções solares de classe M.
 O bom é que, até agora, essas manchas estão relativamente calmas, produzindo não mais do que pequenos flares de baixo nível (classe C).

         Espera-se que essas manchas solares não estejam conservando energia para algo maior. Os meteorologistas da NOAA estimam uma chance de 50% de explosões de classe M e 5% de explosões de classe X para as próximas 24 horas.

         Erupções solares representam riscos para a nossa tecnologia, como satélites geoestacionários, sistemas de navegação e até mesmo aos astronautas em órbita, mas não representa risco real para os seres-humanos.

Fonte: Spaceweather
Imagens: NASA / SOHO

Descoberto primeiro planeta que pode abrigar vida.

Utilizando dados de telescópios espaciais e terrestres, um grupo de pesquisadores estadunidenses confirmou pela primeira vez na história a existência de um planeta que pode ser muito parecido com a Terra e em condições de desenvolver vida como a conhecemos. Batizado de Kepler-186f, o exoplaneta é o mais externo entre os cinco objetos que compõe seu sistema solar. Mede cerca de 1.1 vezes o tamanho da Terra e leva 130 dias para completar uma revolução ao redor da estrela-mãe Kelper-186.
Kepler 186-f
 

De acordo com o estudo, publicado esta semana na revista Science, o planeta orbita a estrela a 52 milhões de quilômetros de distância, o que o situa dentro da faixa conhecida como Zona Habitável. Ali, a temperatura permite que a água, caso exista, se mantenha em estado líquido, condição considerada fundamental para que a vida se desenvolva nos moldes como a conhecemos.
A estrela ao redor da qual Kepler-186f orbita é uma anã vermelha bem menor e mais fraca que o nosso Sol, localizada a 490 anos-luz da Terra na constelação do Cisne. Ao seu redor orbitam mais quatro exoplanetas, situados mais próximos dela e portanto mais quentes.
Diversos outros planetas de vários tamanhos já foram encontrados dentro das zonas habitáveis de suas estrelas, mas Kepler-186f é o primeiro a ser potencialmente capaz de suportar a vida.
 
Por quê?
De acordo com a cientista Elisa Quintana, pesquisadora dos dados da missão do telescópio espacial Kepler junto ao Instituto Ames da Nasa e autora da descoberta, existe uma transição bem clara observada nos planetas com raio equatorial ao redor de 1.5 vez o tamanho da Terra.

"O que aprendemos até agora é que planetas com raio entre 1.5 e 2 são tão massivos que o hélio e o hidrogênio começam a se acumular em sua atmosfera, dando início aos chamados gigantes gasosos, bem diferentes dos planetas rochosos sempre com raio equatorial igual ou menor que 1.5", explicou Quintana.
Como 186f tem 1.1 vez o tamanho da Terra, então provavelmente é um planeta rochoso, que por estar na zona habitável pode abrigar água líquida em sua superfície. Ou seja, pode ser muito parecido com a Terra.

O que isso significa
Embora a descoberta de Kepler 186-f seja um marco para a astronomia moderna, a enorme distância que o separa da Terra é uma gigantesca barreira que impede que o planeta seja pesquisado mais detalhadamente.

Não existe, atualmente, qualquer tecnologia de exploração que possa afirmar que exista algum tipo de vida em sua superfície. Nem mesmo a existência da água será facilmente comprovada, uma vez que será preciso um aumento substancial na capacidade de resolução dos espectroscópios para que objetos tão distantes (e portanto, pequenos) possam ser analisados, embora os cientistas trabalhem arduamente para aumentar essa capacidade.
Até mesmo os métodos de detecção hoje disponíveis são bastante limitados, o que leva os pesquisadores a utilizar diversas técnicas conjuntas para se chegar a algum resultado prático.

Técnica Empregada
Kepler 186-f foi descoberto inicialmente através de dados coletados pelo telescópio espacial Kepler, que vasculha uma estreita região na direção da constelação do Cisne em busca de exoplanetas. Sua detecção se deu da forma tradicionalmente usada pelo telescópio, que analisa as variações de luz causadas por um planeta quando este passa na frente da estrela mãe. Essa técnica é conhecida como "trânsito" e é largamente utilizada neste tipo de pesquisa.

Depois da detecção do exoplaneta, Quintana e sua equipe passaram a utilizar dados dos telescópios ópticos dos Observatórios Keck e Gemini, localizados no Havaí, onde foram empregadas técnicas de interferometria e "Speckle imaging", que consiste em se fazer diversas cenas com baixo tempo de exposição e em seguida junta-las (stacking), com o objetivo de diminuir o efeito da atmosfera. Com isso aumenta-se significativamente a resolução final do objeto estudado.

E Agora?

Naturalmente, enviar uma nave espacial até Kepler 186-f é, atualmente, algo apenas imaginário. Mesmo viajando à 1/10 da velocidade da luz, a sonda levaria pelo menos 5 mil anos para chegar até lá, além de mais 500 anos para seus sinais serem captados na Terra, informando sobre as descobertas do novo mundo.

Observações com telescópios talvez nunca revelem algo mais importante sobre o novo planeta. No máximo sua composição química e algum detalhe sobre sua estrutura, embora sejam as mais fáceis de serem realizadas.
Tentativas de comunicação ou sondagem a partir de radiotelescópios talvez sejam as únicas opções possíveis neste momento e mesmo assim só obteríamos respostas daqui a 500 anos.
Como se vê, embora seja um marco na história da astronomia, a descoberta de Kepler 186-f não deverá trazer resultados mais significativos pelos próximos anos. Dada a longa distância e tempos muito longos, é muito mais provável que as explorações dentro do Sistema Solar tragam mais informações sobre a vida fora da Terra. Enquanto isso, Kepler 186-f será apenas uma curiosidade para muitas e muitas gerações.


segunda-feira, 14 de abril de 2014

Tudo sobre o Eclipse Lunar e Lua de Sangue de 15 de abril de 2014


Será visível em quais países?
         Eclipse Lunar Total do dia 15 de abril de 2014 será visível em toda a América do Sul, Central e América do Norte, além da Nova Zelândia e em parte da Austrália. Os 78 minutos de totalidade do eclipse será visível por completo nessas regiões.
Visibilidade Eclipse Lunar e Lua de Sangue abril de 2014
Qual será o horário do eclipse?

         No Brasil, o Eclipse Lunar Total do dia 15 de abril começará à 01h54 do horário de Brasília. A totalidade do eclipse será às 04h46 e e terminará às 07h38. 
         eclipse lunar total do dia 15 de Abril inicia uma série de eclipses que estão ganhando fama na internet, principalmente por afirmações duvidosas de catástrofes e desastres naturais. Na verdade, na Astronomia raramente é utilizado o termo lua de sangue, afinal de contas, trata-se de um eclipse.


Sobre os eclipses lunares

         Um eclipse lunar acontece quando a Terra passa exatamente entre o Sol e a Lua, fazendo com que a Lua Cheia (que está sendo iluminada pela luz solar), seja ocultada pela sombra da Terra quando esta passa na frente da Lua.

Eclipse Lunar Total 15 de abril de 2014
O gráfico mostra a posição da Lua com relação a sombra
do planeta Terra. Créditos: NASA
Tradução e adaptação: Richard Cardial
         A sombra da Terra é composta por duas partes: um núcleo interno escuro chamado de "umbra ", e uma parte externa menos escura chamada de " penumbra ". Ao invés de ser completamente escura, a sombra interior é geralmente de cor laranja ou vermelha, por conta da luz que passa pela atmosfera em torno da Terra.

         Dependendo das condições atmosféricas na Terra, a umbra pode assumir uma variedade de cores, desde cobre, passando pelo vermelho até no preto quase total. A luz que ilumina a lua durante um eclipse é na verdade a mesma luz de milhares de pores do Sol e nasceres do Sol ao redor da Terra. Durante alguns eclipses pode haver poucas nuvens na atmosfera da Terra, portanto, as luzes desses vários pores e nasceres do Sol iluminam a nossa atmosfera com o tom avermelhado, e esse tom é refletido na lua eclipsada. Por outro lado, se existem muitas nuvens no momento do eclipse, a luz avermelhada não é refletida na Lua, causando um eclipse escuro.


A "lua de sangue"

         Em raras ocasiões, a luz que atinge a Lua é exatamente da cor do sangue, mas é impossível prever com antecedência. Portanto, não há motivo algum para chamar qualquer eclipse lunar de Lua de sangue, a não ser que este já tenha acontecido e sua cor realmente tenha sido de sangue.

Lua de sangue abril de 2014
Simulação da posição real do momento do eclipse lunar total do dia 
15 de abril de 2014 (08h00 UTC). O tamanho dos objetos não
estão em escala. Créditos: Solar System Scope / Clique para ampliar
         Como a órbita da Lua é ligeiramente inclinada em relação à trajetória do Sol no céu, na maioria das vezes a Lua passa acima ou abaixo da sombra da Terra, e não acontece um eclipse. Às vezes, a Lua passa pela penumbra e produz o que é chamado de eclipse penumbral, que é quando a Lua ganha um tom levemente sombreado que é até difícil de se notar alguma diferença. Tivemos dois eclipses de penumbra em 2013, um no dia 25 de maio e outro no dia 18 de outubro.

         Às vezes a Lua passa um pouco pela sombra central, e produz um eclipse lunar parcial. Um deles ocorreu no ano passado, no dia 25 de abril.

         O mais raro de todos os eclipses lunares são aqueles em que a Lua passa completamente pela parte mais escura da sombra, um verdadeiro eclipse lunar total. O último eclipse lunar total aconteceu no dia 10 de dezembro de 2011.


Quatro Luas de Sangue: A tétrade de eclipses lunares

         O que é incomum sobre o eclipse lunar deste mês é que ele é o primeiro de uma série de quatro eclipses lunares totais que acontecerão um seguido do outro. Chamado de tétrade, essa série de quatro eclipses totais seguidos é um evento muito raro. A última série de eclipses como essa aconteceu nos anos de 2003 e 2004, e só vão ocorrer mais sete desses no século atual.         
                O primeiro eclipse da tétrade acontece no próximo dia 15 de abril, o segundo no dia 8 de outubro, o terceiro no dia 4 de abril de 2015 e o quarto no dia 28 de setembro de 2015.
         Realmente será um espetáculo nos céus!

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Curioso 'coração vulcânico' é encontrado em Marte

Marte é coberto por formações geológicas muito estranhas, e a mais nova foto liberada pela NASA reafirma esse fato mais uma vez. A imagem feita pela câmera HiRISE de alta resolução a bordo da sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) nos mostra uma formação estranha em forma de coração, localizada na famosa região do Planeta Vermelho conhecida como Tharsis Bulge, local que abriga os mais antigos vulcões do planeta.
         coração, que foi formado muito provavelmente através de atividade vulcânica foi flagrado ao sul do enorme vulcão escudo Ascraeus Mons e mede aproximadamente 200 metros de diâmetro (um pouco menor do que dois campos de futebol). O local possui várias camadas e se eleva acima da paisagem a seu redor. "Talvez essa região seja uma antiga estrutura de ventilação, uma abertura no solo a partir do qual emergia lava vulcânica, e que tem sido mais resistente à erosão do que a área ao seu redor", comenta o cientista planetário Ramy El- Maarry.
         A inversão topográfica ou terreno invertido que podemos observar nessa imagem ocorre muitas vezes quando áreas de depressão de uma paisagem são cobertas por lava ou por sedimentos, que ao longo do tempo, endurecem em materiais que são mais resistentes à erosão do que os materiais que os cercam.
         A erosão que acontece nessas regiões, remove o material menos resistente, deixando intacto o material resistente, que pode parecer com um cume onde anteriormente havia um vale, ou nesse caso, um morro, onde antes havia um buraco ou depressão.
         Os cientistas responsáveis pela HiRISE pretendem criar um modelo digital do terreno que irá avaliar ainda mais a estrutura, com medições mais precisas de sua altura e inclinação de suas encostas.
         Esse não foi o primeiro coração encontrado na superfície marciana, e ao que parece, também não será o último.
Mais corações em Marte

Coração em Marte
Corações em Marte. Imagens feitas pela sonda
MRO. Créditos: NASA / JPL
Clique para ampliar
         Essa estrutura não é a primeira forma do Planeta Vermelho que se parece com um coração. Para comemorar o feriado Norte-Americano chamado Valentine's Day (equivalente ao nosso dia dos namorados), no dia 14 de fevereiro desse ano, a NASA publicou em seu Twitter algumas fotos de Marte (ao lado) mostrando vários corações encontrados por lá. As imagens também foram feitas pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter em um período de 3 anos. A primeira vez que as imagens de corações foram publicadas pela NASA foi em 2004.


Pareidolia

         Segundos os especialistas, a pareidolia é um fenômeno psicológico que se refere a tendência que o cérebro humano tem de perceber formas familiares em imagens vagas e aleatórias. É como se o cérebro nos mostrasse algo que não existe toda vez que ele não encontra uma lógica para alguma forma ou imagem.

         Outros exemplos de pareidolia são as dezenas de formas e desenhos que encontramos nas nuvens, ou então, já que estamos falando de Marte, as várias fotos de rostos, pirâmides e animais encontradas na superfície do Planeta Vermelho. Como já foi dito, essa não foi a primeira... e também não será a última.

Fonte: NASA
Imagens: NASA / JPL-Caltech / HiRISE / MRO

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Marte: Luz misteriosa existe e não é fruto da imaginação

No início de abril, uma imagem feita pelo jipe-robô Curiosity intrigou muita gente. A cena mostra uma estranha luz, uma espécie de farol muito forte, brilhando no horizonte do Planeta Vermelho. Ainda não há uma explicação, mas diversas hipóteses já foram levantadas.

Farol em Marte

A cena foi registrada entre os dias 2 e 3 de abril pela câmera de navegação a bordo do jipe Curiosity e revela uma espécie de flash ou farol localizado próximo ao horizonte marciano, observado em apenas uma das cenas registradas.
Como sempre acontece nesses momentos, diversos blogs passaram a repercutir a imagem, quase sempre associando a estranha luz a uma suposta civilização inteligente ou até mesmo a alguma torre de uma distante cidade marciana.
De acordo com o Justin Maki, ligado ao Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, JPL e líder da equipe de engenheiros que projetou as câmeras a bordo do Curiosity, existe grande chance da luz observada ser o reflexo do Sol em alguma rocha, uma vez que quando as imagens foram feitas o Sol se encontrava baixo no horizonte e na mesma direção do flash.
Outra possibilidade, segundo Maki, é o flash ser um artefato produzido pela passagem da luz solar através de algum orifício na câmera, atingindo diretamente o sensor CCD. De acordo com o engenheiro, isso já ocorreu outras vezes com as câmeras do Curiosity e outros jipes em Marte e acontece quando a geometria dos raios solares está precisamente alinhada com o sensor da câmera.
Embora essas duas possibilidades sejam as mais aceitas, existe também a hipótese de o artefato ter sido produzido pelo impacto de partículas de raios cósmicos de alta energia, que ao atingirem o CCD produziu o referido clarão, algo muito comum de acontecer com os sensores dos telescópios espaciais.

PareidoliaPareidolia, um fenômeno psicológico que faz com que nosso cérebro interprete sons e imagens aleatórias como algo significativo e conhecido. Um exemplo bem conhecido de pareidolia é enxergar imagens nas nuvens.

Essa não é a primeira vez que objetos vistos na superfície marciana sejam interpretados como conhecidos, dando origem à verdadeiras teorias conspiratórias. Os mais conhecidos são a "Face de Marte" ou o Bigfoot, um homem que parecia sentado em uma pedra.

Diferente da pareidolia, dessa vez a luz observada não é uma ilusão. Ela realmente existe e foi registrada, mas não foi produzida por nenhuma civilização extraterrestre. Provavelmente, não passa de um reflexo de luz.

sábado, 5 de abril de 2014

Paraquedista quase foi atingido por um meteorito durante seu salto

Algo realmente inusitado e improvável aconteceu com o paraquedista Anders Helstrup. Durante um de seus saltos, ele sentiu algo passar muito próximo dele, porém, o fato só foi descoberto depois, quando ele analisou as imagens de sua câmera que estava acoplada em seu capacete.( Veja aqui )

         O salto ocorreu em Hedmark, na Noruega. "Eu senti alguma coisa passar por mim, mas não consegui identificar o que era", disse Anders em uma entrevista à emissora de TV NRK. Após analisar as imagens, ele percebeu que uma rocha espacial em alta velocidade do tamanho de uma garrafa pet passou 'raspando' por ele.
O geólogo Hans Amundsen, do Museu de História Natural de Oslo, afirmou que o objeto é realmente um meteorito. "Não pode ser outra coisa", disse ele durante entrevista à NRK logo após analisar a gravação.

         Apesar de ser um meteorito, não é possível dizer a origem da rocha espacial sem antes fazer análises laboratoriais para verificar sua composição, porém, o mais provável, segundo o geólogo Hans é que o meteorito seja parte de uma rocha maior do cinturão de asteróides, localizado entre Marte e Júpiter. Segundo ele, o formato é típico de um meteorito que entra na atmosfera terrestre. 
Paraquedista Anders Helstrup da Noruega em entrevista à NRK.
Durante um de seus saltos, ele quase foi atingido por uma rocha espacial.
Créditos: NRK / Anders Helstrup

         Segundo o especialista, o formato é típico de uma rocha espacial quando entra na atmosfera terrestre: um lado arredondado e outro mais afiado, como se estivesse perfurando a atmosfera. Hans diz ainda que o meteorito foi filmado quando já não estava mais incandescente, fase conhecida como "voo escuro".

         O paraquedista Anders realmente é um homem de sorte. Estava no lugar certo e na hora exata para presenciar algo tão raro e magnífico. Mais sortudo ainda por não ter sido atingido por essa rocha espacial, nem ele e nem seu para-quedas, e agora, tem uma bela história pra contar... e pra não dizer que é história de pescador, ou melhor, de paraquedista, ele tem provas. Seu vídeo já foi visto por milhares de pessoas em todo o mundo!

Fonte: Abril / NRK
Imagens: Anders Helstrup / NRK

Meteoro cruza céu da Europa e é visto em vários países

Um ponto brilhante no céu noturno chamou a atenção da Europa. Por volta das 22h30 do dia horário 02/04/14  local (Bern / Suíça), um objeto luminoso rasgou os céus da Europa central, e observadores de vários países relataram o avistamento.

         Inicialmente não ficou claro o que de fato era aquele objeto. Alguns arriscaram dizer que era um meteorito durante sua entrava na atmosfera, enquanto outros diziam se tratar de lixo espacial. O evento pôde ser observado por vários segundos no céu da Suíça, Alemanha, França e Áustria, e brilhou em diferentes tonalidades.
Meteorito ou lixo espacial

         Muitas pessoas ligaram para polícia. Nada se sabia de um impacto ou dano, porém, há relatos de que um meteorito caiu na região de Basel, na Suíça.

         "Um meteorito ou lixo espacial seria a causa mais plausível", disse o astrofísico Carolin Liefke do Instituto Max Planck de Astronomia em Heidelberg. O esclarecimento real da origem desse evento deve demorar alguns dias. Astrônomos tentarão reconstruir a trajetória do objeto com base em fotos e vídeos da internet. A especulação de que seria um lixo espacial já está quase sendo descartada, uma vez que a velocidade do objeto era muito lenta.

Seria um satélite?

         Para Rainer Kresken, engenheiro espacial da Agência Espacial Europeia (ESA), poderia ter sido um satélite, isso por que a direção de vôo de oeste para leste é típica dos satélites que orbitam a Terra, disse Kresken do centro de controle de satélites da ESA na última terça-feira.

         Por conta da velocidade do objeto ter sido muito lenta e de não haver indícios de um satélite naquela região, poderia ainda ser um objeto secreto como um satélite espião, no entanto, não está descartada a hipótese de ter sido uma rocha espacial.

         "A 'bola de fogo' pôde ser vista por cerca de 15 segundos no céu. A direção de vôo era de oeste para leste, e o brilho aproximadamente comparável com a meia-lua", disse o astrofísico Liefke. A altitude foi então calculada em cerca de 30 quilômetros.

         Por conta de ter sido um evento espetacular, segundo os observadores, a polícia de Freiburg ressaltou que não se trata de uma piada do dia 1° de Abril.

Fonte: Neue Zurcher Zeitung 
Imagem: Hermann Koberger