O impacto de uma rocha espacial em alta velocidade na superfície da Lua desencadeou a mais brilhante explosão lunar já vista, dizem os cientistas.
Um vídeo do impacto, que ocorreu em 11 de setembro de 2013, foi apresentado no final de fevereiro. O "flash" gerado pelo impacto foi quase tão brilhante quanto uma estrela de segunda magnitude. Isso significa que esse impacto foi visível para qualquer pessoas que estivesse olhando para a Lua naquele dia, às 08h07 UTC."Naquele momento eu percebi que eu tinha visto um evento muito raro e extraordinário", disse José Madiedo , professor da Universidade de Huelva. Madiedo testemunhou a colisão usando dois telescópios que fazem parte de um sistema de detecção de impactos na Lua, no sul da Espanha.
Imagem mostra a localização da região chmada Mare Nubium. Créditos: Wikipedia |
Se uma rocha espacial deste tamanho atingir a Terra, pode criar algumas espetaculares bolas de fogo no céu, mas provavelmente não seria uma ameaça para as pessoas em terra, explicaram os pesquisadores. Já a Lua, ela não tem uma atmosfera como a da Terra, o que a torna bastante vulnerável a colisões de asteroides.
A energia liberada por esse impacto foi comparável a uma explosão de cerca de 15 toneladas de TNT. Foi pelo menos três vezes mais poderoso do que o maior evento observado anteriormente.
Normalmente, os flashes desses impactos duram apenas uma fração de segundo, mas o ponto brilhante visto por Madiedo brilhou por oito segundos, tornando-se o brilho de impacto mais longo já observado. Desde 2005, o programa de monitoramento de impacto lunar da NASA tem observado mais de 300 colisões de meteoritos na superfície lunar.
"Nossos telescópios continuarão observando a Lua assim como nossas câmeras monitoram constantemente os meteoros na atmosfera da Terra", disse Madiedo em um comunicado. "Desta forma, esperamos identificar grupos de rochas que poderiam dar origem a eventos de impacto comuns em ambos os corpos. Também queremos descobrir de onde vêm esses asteróides."
A pesquisa sobre o impacto lunar de setembro de 2013 foi publicada no dia 23 de fevereiro na revista Monthly Notices da Royal Astronomical Society.
Fonte: Space
Vídeo: Universidad de Huelva / MIDAS
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