"Se estiver correta, esta descoberta revela as primeiras ondas na superfície de um mar fora da Terra", comenta Jason Barnes, cientista planetário da Universidade de Idaho em um resumo de um artigo apresentado na Conferência de Ciência Planetária e Lunar em Houston nesta semana.
As comparações com modelos de computador indicam quatro medições da região polar norte de Titã, feitas pela câmera Visual Infrared Mapping Spectrometer da sonda Cassini, em 26 de julho e 12 setembro de 2013. A luz do Sol foi observada sendo refletida pelas ondas de Titã.
Dentre vários mares e lagos próximos do pólo norte de Titã, podemos ver Punga Mare, local onde as medições foram feitas. Créditos: NASA / JPL-Caltech Clique na imagem para ampliar |
Mas a sonda nunca tinha avistado ondulações criadas pelos ventos na superfície dos mares de Titã. Eles pareciam tão lisos como um vidro. Isso pode ser porque os hidrocarbonetos líquidos são mais viscosos do que a água e, portanto, mais difíceis de se moverem, ou porque os ventos em Titã simplesmente não são fortes o suficiente para criar ondulações. Em 2010, pesquisadores propuseram que os ventos se fortalecem quando Titã entra na primavera, permitindo aos cientistas uma melhor oportunidade de detectar ondas. Saturno e suas luas levam cerca de 29 anos terrestres para dar uma volta completa ao redor do Sol.
"Se essas 'rugas' observadas são de fato ondas em Titã, então os ventos que as criam devem ter uma velocidade média de 0,76 metros por segundo", informou Jason Barnes.
Os cálculos mostram que as ondas teriam cerca de 2 cm de altura, ou cerca de 0,8 polegadas.
As medições foram feitas em uma região conhecida como Punga Mare, um dos vários mares de hidrocarboneto existentes no pólo norte de Titã.
Fonte: Discovery News / Dailygalaxy
Imagem: NASA / JPL-Caltech
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